Até 1 em cada 20 pessoas terá uma única convulsão durante a ...

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Q2400591 Medicina
Até 1 em cada 20 pessoas terá uma única convulsão durante a vida, porém apenas cerca de 1 em 50 será diagnosticada com epilepsia. Sobre epilepsia, assinale a alternativa que descreve corretamente o paciente com maior probabilidade de receber o diagnóstico dessa patologia.
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Alternativa correta: C

Adélia, de 50 anos, é trazida ao pronto socorro pelo SAMU após uma convulsão durante o sono noturno; ela tem um histórico de AVC isquêmico há 3 anos. Esse é o caso que tem maior probabilidade de ser diagnosticado com epilepsia.

Justificativa:

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada pela ocorrência de crises convulsivas recorrentes de origem cerebral. Para o diagnóstico de epilepsia, é necessário que o paciente tenha pelo menos duas crises não provocadas (ou reflexivas) com intervalo maior que 24 horas, ou uma crise não provocada com uma probabilidade de recorrência semelhante ao risco geral de novas crises (pelo menos 60%) após duas crises não provocadas.

Adélia tem maior probabilidade de ser diagnosticada com epilepsia devido ao seu histórico de AVC isquêmico, uma condição que pode alterar a estrutura e a função cerebral, aumentando o risco de crises convulsivas recorrentes. A presença de um evento convulsivo noturno, em alguém com dano cerebral pré-existente, é um forte indicativo de epilepsia.

Análise das alternativas incorretas:

A - Erineide: Embora tenha um histórico de neurocirurgia, um único episódio convulsivo de etiologia não esclarecida e um EEG sem alterações não são suficientes para o diagnóstico de epilepsia. O diagnóstico requer, tipicamente, crises recorrentes ou uma condição que aumente significativamente a probabilidade de novas crises.

B - João: As convulsões ocorridas durante uma internação por sepse são provavelmente provocadas pela própria condição infecciosa e/ou pelo estado metabólico alterado associado, como febre e toxinas bacterianas. Convulsões provocadas por condições agudas são menos indicativas de epilepsia, que exige crises não provocadas.

D - Lúcia: A crise convulsiva de Lúcia foi secundária a um episódio de hipoglicemia devido ao ajuste da terapia insulínica. Convulsões hipoglicêmicas são um exemplo clássico de crises provocadas, não apontando para um diagnóstico de epilepsia, que requer crises não provocadas.

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A alternativa correta é a letra C, que descreve a paciente Adélia, 50 anos, trazida ao pronto socorro após sofrer uma convulsão durante o sono e com histórico de AVC isquêmico há 3 anos. O diagnóstico de epilepsia geralmente é considerado após a ocorrência de pelo menos duas convulsões não provocadas (ou seja, não desencadeadas por condições identificáveis como trauma, infecção aguda, desequilíbrio metabólico, etc.) ou uma convulsão não provocada e um risco significativo de recorrência. O histórico de AVC aumenta o risco de epilepsia devido a potenciais cicatrizes cerebrais ou alterações que podem servir como foco para atividade convulsiva. As outras opções descrevem episódios convulsivos que possuem causas específicas e potencialmente reversíveis: neurocirurgia prévia e EEG sem alterações para Erineide (A), sepse para João (B) e hipoglicemia para Lucia (D). Portanto, o paciente com maior probabilidade de receber o diagnóstico de epilepsia é aquele com um histórico de lesão cerebral pré-existente sem outra causa imediata identificável para a convulsão, como é o caso de Adélia.

Resposta Correta: C) Adélia, 50 anos, é trazida ao pronto-socorro pelo SAMU após convulsão durante o sono noturno; de história patológica pregressa, AVC isquêmico há 3 anos.

Justificativa: Adélia apresenta um quadro de convulsão durante o sono, associado a um histórico de AVC isquêmico há 3 anos. Pacientes que tiveram um AVC têm um risco aumentado de desenvolver epilepsia, especialmente se houver lesões cerebrais estruturais que predisponham a atividade convulsiva. Embora João tenha tido múltiplas convulsões, elas estão relacionadas a uma condição aguda (sepse) e não necessariamente indicam epilepsia crônica.

Análise das alternativas:

  • A) Erineide, 72 anos: Um único episódio convulsivo e EEG sem alterações não indicam alta probabilidade de epilepsia.
  • B) João, 35 anos: Três episódios convulsivos relacionados a um quadro de sepse aguda, o que não necessariamente indica epilepsia crônica.
  • C) Adélia, 50 anos: Correta. Convulsão durante o sono com histórico de AVC aumenta a probabilidade de diagnóstico de epilepsia.
  • D) Lucia, 47 anos: Episódio convulsivo causado por hipoglicemia não é indicativo de epilepsia crônica.

Resumo: Adélia, que teve uma convulsão durante o sono e possui um histórico de AVC isquêmico, apresenta uma maior probabilidade de ser diagnosticada com epilepsia devido ao risco aumentado de convulsões após um evento vascular cerebral.

Pontos chave:

  • Epilepsia: Diagnóstico requer avaliação de episódios convulsivos não provocados.
  • Histórico de AVC: Aumenta o risco de desenvolvimento de epilepsia.
  • Convulsões durante o sono: Indicativo de atividade convulsiva persistente, sugerindo epilepsia.

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