Assinale a alternativa em que se aponta corretamente, nos p...
Depois do vazio deixado pela Cynira, passei a dar mais valor ao contato com os três netos. Senti-me como o procurador da consorte, que tanto queria acompanhar a evolução da vida dos meninos. Ao mesmo tempo, eles se aproximaram mais de mim, agora que sou o único avô sobrevivente.
Conversamos, com frequência, sobre opções profissionais. Quando menino, Miguel parecia inclinado a estudar Direito, tal sua obsessão pelos direitos individuais. Toda vez que alguém da família contava uma história de dano produzido por alguém, Miguel proclamava: “Processa!”
Certa vez, quando subíamos a escadaria de uma livraria da cidade, disse a ele que não me sentia seguro e que, se tomasse um tombo, não poderia processar ninguém, pois a fragilidade era minha.
“Como não?”, exclamou o Miguel. “Então para que existe o Estatuto do Idoso?”
Em 2009 entrou na Psicologia da USP, tomado de paixão intelectual por Jung. Quanto ao Felipe, é mais pragmático e se prepara para entrar na faculdade de Economia. Só lhe digo para tomar cuidado com o salto alto, expressão que precisei explicar, pois o jovem, com todo o brilhantismo que lhe é peculiar, é jejuno em futebol.
A surpresa veio do Antonio, carioca da gema, baladeiro, craque de bola no aterro do Flamengo. Sem abandonar essas atrações, o Antonio entrou no Direito da PUC-Rio e, para surpresa minha, está gostando do curso, com as amolações inevitáveis de sempre. Conversamos sobre questões do Direito, especialmente a área penal. Há dias, sintetizando um trecho do nosso diálogo, enunciei uma regra: Favorabilia amplianda, odiosa restringenda.*
Não sei se ele entendeu.
(Boris Fausto. O brilho do bronze – um diário. Cosac Naify, 2014. Adaptado)
* “Ampliem-se as disposições favoráveis, restrinjam-se as desfavoráveis.” Princípio interpretativo do Direito, sobretudo na área das garantias individuais.
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Gabarito comentado
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Alternativa correta: B - … alguém da família contava uma história de dano produzido por alguém. (agente)
Vamos entender por que a alternativa B é a correta e analisar as demais alternativas.
Para resolver essa questão, é necessário ter conhecimentos de morfologia, especificamente sobre a função dos vocábulos dentro de um contexto. Vamos analisar cada uma das alternativas, identificando a função dos vocábulos destacados.
Alternativa B
Na frase “… alguém da família contava uma história de dano produzido por alguém.”, o vocábulo por indica o agente da ação. A preposição por é usada para introduzir quem realizou a ação.
Alternativas incorretas
Alternativa A
Na frase “… passei a dar mais valor ao contato com os três netos.”, a preposição com indica companhia ou associação, não comparação.
Alternativa C
Na frase “… se prepara para entrar na faculdade de Economia.”, o vocábulo na (em + a) indica um lugar, não um meio.
Alternativa D
Na frase “A surpresa veio do Antonio, carioca da gema…”, o vocábulo do (de + o) indica origem ou procedência, não posse.
Alternativa E
Na frase “Conversamos sobre questões do Direito…”, o vocábulo sobre indica assunto ou tema, não lugar.
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Comentários
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GABARITO: LETRA B
A) … passei a dar mais valor ao contato com os três netos. (comparação) → incorreto, a preposição expressa "companhia".
B) … alguém da família contava uma história de dano produzido por alguém. (agente) → correto, marca o agente que produziu a história.
C) … se prepara para entrar na faculdade de Economia. (meio) → incorreto, a preposição expressa lugar.
D) A surpresa veio do Antonio, carioca da gema… (posse) → incorreto, expressa o meio de onde ela veio.
E) Conversamos sobre questões do Direito… (lugar) → o termo expressa assunto.
FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Grande Arthur Carvalho!!!!!
Você é TOP garoto:))
Idioma lixo...pqp!
Arthur Carvalho deveria ganha uma vitalícia do QC
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