Considere a situação hipotética a seguir. Um sócio responsável por avaliações
de risco e de independência de uma empresa de auditoria nacional, com atuação
nos principais estados da federação, é consultado por um de seus sócios quanto
a um determinado caso, qual seja: um potencial cliente, do relacionamento de um
dos sócios da empresa de auditoria, que não o consulente, requereu a emissão de
carta-proposta para auditoria das demonstrações contábeis da Companhia XYZ por
três exercícios consecutivos, a partir de 31.12.2007; adicionalmente, o consulente
informou que aquele sócio que mantém o relacionamento foi diretor administrativo
e financeiro da empresa a ser auditada até novembro/2004 e seu representante
comercial de janeiro/2005 a dezembro/2006 no principal mercado da empresa, sendo
remunerado com base em comissões sobre vendas, de acordo com contratos padrões
aplicados a todos os representantes, passando à condição de sócio da empresa de
auditoria em fevereiro/2007. Feitas as consultas julgadas necessárias e tomadas as
medidas cabíveis, o sócio responsável orientou o consulente a apresentar a proposta
solicitada, à qual teve a confirmação formal para iniciar os trabalhos contratados.
Com base nessa situação, e tendo como referência as normas profissionais editadas
pelo CFC, indique a alternativa adequada à orientação tomada.

Question

Considere a situação hipotética a seguir. Um sócio responsável por avaliações
de risco e de independência de uma empresa de auditoria nacional, com atuação
nos principais estados da federação, é consultado por um de seus sócios quanto
a um determinado caso, qual seja: um potencial cliente, do relacionamento de um
dos sócios da empresa de auditoria, que não o consulente, requereu a emissão de
carta-proposta para auditoria das demonstrações contábeis da Companhia XYZ por
três exercícios consecutivos, a partir de 31.12.2007; adicionalmente, o consulente
informou que aquele sócio que mantém o relacionamento foi diretor administrativo
e financeiro da empresa a ser auditada até novembro/2004 e seu representante
comercial de janeiro/2005 a dezembro/2006 no principal mercado da empresa, sendo
remunerado com base em comissões sobre vendas, de acordo com contratos padrões
aplicados a todos os representantes, passando à condição de sócio da empresa de
auditoria em fevereiro/2007. Feitas as consultas julgadas necessárias e tomadas as
medidas cabíveis, o sócio responsável orientou o consulente a apresentar a proposta
solicitada, à qual teve a confirmação formal para iniciar os trabalhos contratados.
Com base nessa situação, e tendo como referência as normas profissionais editadas
pelo CFC, indique a alternativa adequada à orientação tomada. Alternativa A: Decidiu-se que o sócio de auditoria, ex-diretor da empresa a ser auditada cujo relacionamento
foi descontinuado em dezembro/2006, não deveria se envolver com esse trabalho. Ou Alternativa B: A orientação do sócio responsável por avaliações de risco e de independência da entidade
de auditoria foi equivocada, e o contrato deve ser desfeito, porque, mesmo com a proibição
do sócio do relacionamento de integrar a equipe a cargo desse cliente, ele foi um alto
executivo, com influência na condução dos negócios, tornou-se um sócio muito conceituado
na empresa de auditoria nacional e com certeza vai influenciar o sócio designado para esse
trabalho e seu corpo gerencial. Ademais, trata-se de uma ameaça significativa de auto-revisão, e o lapso de tempo decorrido desde que houve o desligamento da antiga empresa
não é superior a 3 anos, como requerido pela norma profissional aplicável. Ou Alternativa C: A orientação do sócio responsável por avaliações de risco e de independência da entidade
de auditoria foi correta, e o contrato deve ser mantido, porque aquele sócio se afastou da
direção da empresa a ser auditada há no mínimo dois anos, e não há motivo para ele não
ser o encarregado desse trabalho, já que, discutido o tema com os órgãos de governança
corporativa da entidade a ser auditada, não foi feita qualquer restrição a que o ex-diretor
fosse o encarregado do trabalho de auditoria independente, além da indicação de um sócio
revisor para o trabalho. Ou Alternativa D: O sócio do relacionamento com o novo cliente pode ser também o sócio responsável
por esse trabalho, em face do lapso de tempo decorrido desde que ele deixou a direção
daquela empresa e, ademais, considerando o objetivo da empresa de abrir seu capital e
registrar-se no nível 1 da BOVESPA a partir de meados de 2007, seria ganho de tempo na
execução dos trabalhos de auditoria, principalmente sobre períodos anteriores que nunca
foram auditados, necessários para apresentação ao mercado e à CVM.

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [C] A orientação do sócio responsável por avaliações de risco e de independência da entidade
de auditoria foi correta, e o contrato deve ser mantido, porque aquele sócio se afastou da
direção da empresa a ser auditada há no mínimo dois anos, e não há motivo para ele não
ser o encarregado desse trabalho, já que, discutido o tema com os órgãos de governança
corporativa da entidade a ser auditada, não foi feita qualquer restrição a que o ex-diretor
fosse o encarregado do trabalho de auditoria independente, além da indicação de um sócio
revisor para o trabalho. Tema central da questão:

A questão aborda a importância da independência na auditoria externa, que é um dos pilares fundamentais para garantir a objetividade e a credibilidade dos trabalhos de auditoria. Para resolvê-la, é necessário compreender as normas profissionais do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que tratam sobre os requisitos de independência dos auditores, especialmente em situações onde há um possível conflito de interesses, como no caso de ex-executivos que atuam em empresas de auditoria.

Alternativa correta: C

A alternativa C é a correta porque ela explica que o sócio responsável por avaliações de risco e independência tomou a decisão correta ao manter o contrato de auditoria. A orientação está de acordo com as normas profissionais, uma vez que o ex-diretor se afastou há mais de dois anos. Além disso, o fato de os órgãos de governança não terem imposto restrições ao seu envolvimento e a presença de um sócio revisor indicam que foram tomadas medidas para mitigar riscos de auto-revisão e garantir a independência. Estes aspectos são fundamentais para assegurar que a auditoria seja conduzida de maneira objetiva e imparcial.

Análise das alternativas incorretas:

A - A alternativa A sugere que o sócio ex-diretor não deveria se envolver de jeito nenhum, mas nas normas de auditoria, o afastamento por um período razoável, como de dois anos ou mais, pode ser suficiente para mitigar riscos de comprometimento da independência. Portanto, essa opção desconsidera as medidas mitigadoras que podem ser aplicadas.

B - A alternativa B argumenta que a orientação foi equivocada devido à ameaça de auto-revisão e ao tempo decorrido, que não seria suficiente. No entanto, como o sócio se afastou há mais de dois anos e medidas adicionais de controle (como designação de um sócio revisor) foram adotadas, o risco foi mitigado, sendo a orientação, portanto, apropriada conforme as normas.

D - A alternativa D sugere que o sócio do relacionamento poderia ser o responsável sem qualquer ressalva, o que não é adequado. Apesar do tempo decorrido, a completa ausência de restrições e controles adicionais não está alinhada com as melhores práticas para garantir a independência e a objetividade do trabalho de auditoria.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

DESCONTO DE CARNAVAL PASSANDO! 🎟️

DESCONTO DE CARNAVAL PASSANDO! 🎟️

Considere a situação hipotética a seguir. Um sócio responsá...

Gabarito comentado

Clique para visualizar este gabarito

Questões de assuntos semelhantes

Provas relacionadas