Leia o caso a seguir. Estudante de medicina, quarto ano, ho...
Estudante de medicina, quarto ano, homem, 29 anos, chega ao serviço de perícia da universidade, pois estava na iminência de perder o vínculo com a faculdade por inúmeras reprovações, já que estava, há mais de 10 anos, no curso. Chega ao Serviço de psiquiatria sem familiar, alegando que sempre teve depressão e que as pessoas não entendiam isso. Relata que começou a se cortar há anos, com várias tentativas de suicídio. Relata que desmaia e que tem convulsões, por isso falta muito às aulas. No exame psíquico, o estudante não apresenta alteração do humor congruente com suas queixas. As lesões que mostram são recentes e superficiais. Não há sinais de lesões antigas. Foi solicitado EEG, que se mostrou normal. Avaliação Neuropsicológica sem alterações cognitivas.
Elaborado pelo(a) autor(a).
O diagnóstico compatível com o quadro é:
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Vamos analisar essa questão de Psicopatologia, que aborda diagnósticos diferenciais importantes na área da Psiquiatria. A alternativa correta para a questão apresentada é a Alternativa B: simulação, pois há motivação consciente, com produção de sintomas conscientes.
Tema central: A questão aborda a diferenciação entre transtorno factício e simulação. Esses conceitos são fundamentais para identificar motivações e a consciência na produção de sintomas psiquiátricos. Para resolver este tipo de questão, é essencial entender o que caracteriza cada um desses transtornos.
Justificativa da alternativa correta: Na simulação, a pessoa produz conscientemente sintomas físicos ou psicológicos com uma motivação consciente, geralmente um ganho externo, como evitar responsabilidades ou conseguir algum tipo de benefício (neste caso, evitar ser desligado da faculdade). No enunciado, o estudante apresenta sintomas sem correspondência nos exames, indicando que ele sabe o que está fazendo e tem uma razão clara para isso.
Análise das alternativas incorretas:
- Alternativa A: Transtorno factício é incorreto porque, apesar de haver produção consciente dos sintomas, a motivação é inconsciente, geralmente relacionada a assumir o papel de doente. No caso relatado, a motivação é clara e consciente.
- Alternativa C: Também incorreta, pois no transtorno factício, a motivação é inconsciente, mas a produção dos sintomas é consciente. O enunciado não sugere uma motivação inconsciente para o estudante.
- Alternativa D: Simulação com motivação inconsciente é incorreta. A simulação, por definição, envolve uma motivação consciente para os sintomas que a pessoa está fingindo ter.
Ao resolver questões como essa, identifique se o comportamento é consciente e qual é a motivação por trás dele. Isso ajudará a discernir entre simulação e transtornos factícios.
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Na Simulação, tanto a motivação quanto a produção dos sintomas são conscientes e voluntários. O objetivo é sempre palpável e material: aposentadoria, licenças, indenizações, cuidados de terceiros, bens, etc. Ocorre com frequência em pacientes com Transtorno de Personalidade Antissocial, mas pode ocorrer também por oportunismo na maior parte dos indivíduos
https://holiste.com.br/transtornos-somatoformes-dissociativos-facticios-e-simulacao/
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