As informações do texto permitem entender que a fome vem
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Ano: 2021
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP
Provas:
VUNESP - 2021 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Assistente Social
|
VUNESP - 2021 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Engenheiro de Segurança do Trabalho |
VUNESP - 2021 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Psicólogo Social |
VUNESP - 2021 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Contador |
Q1780042
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
O flagelo da fome
Além de ceifar a vida de quase 2,8 milhões de pessoas,
a peste do coronavírus está agravando a fome no mundo.
Já em 2019, 135 milhões de pessoas em 55 países padeciam de crise alimentar por causa de conflitos, variações
climáticas extremas, choques econômicos ou uma combinação de tudo isso. Agora, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO), são 174 milhões em 58 países – mais de 34 milhões
sofrendo insegurança alimentar aguda, ou seja, estão a um
passo de morrer de fome.
Embora a maior parte dos países afetados esteja na
África, a fome deve recrudescer na maioria das regiões do
mundo. Extremos climáticos resultantes do fenômeno La
Niña devem continuar em abril e maio, provocando tanto
a falta de chuvas, como no Afeganistão, quanto o excesso,
como no Sudão. Nos próximos meses, a produção de grãos
e os pastos no oeste da África podem ser dizimados por
novas nuvens de gafanhotos.
Em termos econômicos, a América Latina foi a região
mais impactada pela covid e deve ter a retomada mais lenta.
Países que já lutavam contra a instabilidade política e mazelas socioeconômicas prolongadas, como o Haiti ou as repúblicas centro-americanas de Honduras, El Salvador, Guatemala
e Nicarágua, devem sofrer as deteriorações econômicas mais
agudas.
O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial
para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista, alerta o relatório. A hiperinflação e o recrudescimento
das sanções internacionais, agravadas com as restrições
da covid-19, estão deteriorando as condições alimentares
do país vizinho a olhos vistos. Já em 2019, a insegurança
alimentar atingia 9,3 milhões de venezuelanos. No fim de
2020, a inflação alimentar batia os 1 700%. A degradação
econômica deve desencadear novas ondas migratórias.
O Brasil precisa se preparar para apoiar imigrantes e
comunidades nas áreas de fronteira, incrementando o acesso a suprimentos essenciais e às oportunidades de renda.
O Plano de Resposta Humanitária da ONU pede
US$ 226 milhões para a segurança alimentar, suprimentos e intervenções nutricionais na Venezuela. Respostas
emergenciais incluem garantir a alimentação de crianças e
robustecer a assistência humanitária às necessidades mais
urgentes.
Não estava em poder da humanidade impedir o surgimento de uma peste letal. Mas está em seu poder mitigar as
suas repercussões mais catastróficas, como a fome. A resposta à atual crise alimentar definirá o status moral da atual
geração pelo resto da história.
(Editorial. https://opiniao.estadao.com.br, 04.04.2021. Adaptado)
As informações do texto permitem entender que a
fome vem