As transformações da categoria gênero vêm possibilitando um ...

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Ano: 2018 Banca: FAURGS Órgão: UFRGS Prova: FAURGS - 2018 - UFRGS - Psicólogo |

Q1285821 Psicologia

As transformações da categoria gênero vêm possibilitando um caráter mais dinâmico, uma vez que: “(...) gênero é usado em contraste com os termos sexo e diferença sexual com o propósito explícito de criar um espaço no qual as diferenças de comportamento entre homens e mulheres, mediadas socialmente, possam ser exploradas independentemente das diferenças biológicas”. (MACEDO, 2006 apud OSÓRIO & VALLE, 2008). Nesse sentido, “pode-se observar cinco posições ao longo da evolução do equilíbrio em relação ao conceito de gênero no casal: tradicional, consciência de gênero, polarizada, em transição e equilibrada”. (BREUNLIN, et al., apud OSÓRIO & VALLE, 2008). A posição em que o casal se encontra reflete na organização familiar e nas relações entre seus membros. Pensando nessas posições e no trabalho terapêutico realizado por terapeutas de famílias e casais, assinale a alternativa INCORRETA.

Na posição tradicional de gênero, a família revela papéis completamente conhecidos: homem provedor, mulher cuidadora e dona de casa. Por essa razão, o trabalho terapêutico deve conscientizar o casal sobre as questões de gênero.

Na posição equilibrada de gênero, as famílias vivenciam uma mutualidade, na medida em que seus membros se livram dos condicionamentos que os padrões tradicionais lhes impingiram. Sendo essa a posição mais comum, o trabalho terapêutico visa possibilitar o maior número possível de acordos e negociações, uma vez que o parceiro homem está menos consciente dos privilégios que o poder lhe acarreta.

Na posição consciência de gênero, o casal questiona a distribuição de papéis, com clara percepção de que a vida é opressora, havendo uma oscilação entre questionamento e conformismo. O casal não se sente confortável na situação, mas não sabe como resolver, então o terapeuta deve propiciar que explorem novos arranjos, contratos, verbalizações das mágoas, das queixas, e, com o uso do genograma, analisar as mudanças intergeracionais.

Na posição polarizada de gênero, são claras as divisões na família. Ocorrem as alianças de gênero (mulheres unidas, por exemplo) ou coalizões (pai e filho contra mãe, por exemplo). Neste caso, o trabalho terapêutico consiste em diminuir a polarização, encorajando o diálogo, as conversações, as expectativas sobre tarefas e responsabilidades.

Na posição de transição de gênero, embora estejam em conflito, percebe-se uma ampliação e uma experimentação de novos papéis. Então, a meta da terapia é amplificar as mudanças, buscando o estabelecimento de uma certa igualdade, isto é, equilíbrio entre as ações de cada um.

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