Leia o texto a seguir. Passante, não chores a minha morte. ...
Passante, não chores a minha morte. Se eu vivesse, tu estarias morto.
Disponível em: www.wikipedia.org/epitafio. Acesso em: 03 nov. 2020.
O texto citado é um epitáfio que a tradição popular atribuiu a Robespierre. Esse epitáfio, como documento de uma memória coletiva, revela a
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Para analisar o epitáfio que a tradição popular atribui a Robespierre, é importante compreender o contexto histórico no qual ele esteve inserido. Robespierre foi uma figura central durante a Revolução Francesa, especificamente durante o período conhecido como o Terror. Este epitáfio reflete a imagem de um déspota sanguinário, que é uma visão frequentemente associada a ele devido ao seu papel ativo na implantação deste período conturbado.
A opção correta é a Alternativa A, que destaca que Robespierre foi responsável direto pela implantação do período de terror revolucionário na França. Este período foi caracterizado por uma série de execuções e perseguições políticas, muitas vezes julgadas por tribunais revolucionários sem o devido processo legal. De fato, a liderança de Robespierre nesse contexto justifica a memória coletiva que se formou em torno de sua figura como alguém que, embora buscasse transformações sociais e políticas, também utilizou métodos extremos.
As outras alternativas apresentam interpretações distintas que não refletem completamente a percepção histórica mais aceita sobre Robespierre e o epitáfio em questão. A consciência popular e a mentalidade crítica sobre seu papel na história são mais complexas, envolvendo aspectos tanto positivos quanto negativos, mas o epitáfio e a alternativa correta sublinham sobretudo o seu papel na promoção do Terror.
Portanto, a compreensão mais apropriada desse epitáfio é a que reconhece em Robespierre a figura de um líder revolucionário cujas ações tiveram consequências profundas e controversas na história da França, sendo lembrado principalmente por sua participação no regime de exceção que marcou o Terror.
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Robespierre defendeu tanto a revolução a ponto de criar um enorme caos, guilhotinando todos aqueles que se voltavam contra ela.
Realmente Robespierre foi o principal símbolo do Terror, no entanto, não foi diretamente responsável por sua instalação.
É o que diz Burns: "Embora seu papel tivesse sido insignificante ou nulo na instauração do regime de Terror, foi largamente responsável pela extensão desse regime". (História da Civilização Ocidental, vol. 2, p. 49)
Infelizmente, como as outras alternativas são absurdas e sequer condizem com o excerto apresentado no enunciado, só nos resta marcar a A como "menos mal".
Errei a questão pela associação do conceito de déspota com o movimento do despotismo esclarecido (monarcas adeptos às ideias iluministas). Além disso, a alternativa "a" responsabiliza (quase que exclusivamente) Robespierre pela implantação do Terror. Todavia, sabe-se que ele foi mais um a utilizar o Terror como instrumento político.
O epitáfio atribuído a Robespierre, conforme apresentado no texto, revela a imagem de um déspota sanguinário, pois a frase "Se eu vivesse, tu estarias morto" sugere uma ameaça ou uma promessa de repressão violenta contra aqueles que se opuseram a Robespierre durante a Revolução Francesa. A frase indica uma mentalidade autoritária e vingativa, associando Robespierre a práticas violentas e punitivas.
A - imagem de um déspota sanguinário, que foi responsável direto pela implantação do período de terror revolucionário na França.
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