Leia atentamente os dois textos a seguir e compare-os para r...
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Ano: 2020
Banca:
COTEC
Órgão:
Prefeitura de São Francisco - MG
Prova:
COTEC - 2020 - Prefeitura de São Francisco - MG - Assistente Social |
Q1308327
Serviço Social
Leia atentamente os dois textos a seguir e compare-os para responder à questão. O primeiro texto é de autoria de
Raquel Raichelis (2011), e o segundo, de Marilda Villela Iamamoto (2014), ambas reconhecidas pela importância
sócio-histórica para o Serviço Social.
Texto I
“Afirmar que o Serviço Social é uma profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho como uma especialização do trabalho coletivo e identificar o seu sujeito vivo como trabalhador assalariado implica problematizar como se dá a relação de compra e venda dessa força de trabalho a empregadores diversos, como o Estado, as organizações privadas empresariais, não governamentais ou patronais. Trata-se de uma interpretação da profissão que pretende desvendar suas particularidades como parte do trabalho coletivo, uma vez que o trabalho não é a ação isolada de um indivíduo, mas é sempre atividade coletiva de caráter eminentemente social.” Fonte: RAICHELIS, Raquel. O assistente social como trabalhador assalariado: desafios frente às violações de seus direitos. Serviço Social & Sociedade, n.º 107, São Paulo, jul-set. 2011.
Texto II
“Na esfera pública, os atuais 5.570 municípios brasileiros são os que mais absorvem assistentes sociais, especialmente por meio da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). É necessário salientar as particularidades da atuação nos pequenos municípios com menos de vinte mil habitantes. Aí os profissionais são sujeitos à maior polivalência no nível das demandas, à precariedade de recursos materiais que afetam as condições básicas de trabalho, assim como à maior ingerência das forças políticas locais no trabalho cotidiano. Alia-se a existência de fronteiras pouco nítidas entre o público e o privado que têm lugar na cultura política brasileira, favorecendo os clientelismos, patrimonialismos e coronelismos contemporâneos [...]. O exercício da profissão exige um sujeito profissional que tenha competência para propor os seus projetos e negociá-los com a instituição e defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais. Requer ir além das rotinas institucionais para buscar apreender, no movimento da realidade e na aproximação, as forças vivas de nosso tempo, tendências e possibilidades aí presentes passíveis de serem apropriadas pelo profissional e transformadas em projetos de trabalho profissional. ” Fonte: IAMAMOTO, Marilda Villela. A formação acadêmico-profissional no Serviço Social brasileiro. Serviço Social & Sociedade, n.º 120, São Paulo, out-dez. 2014. Adaptado.
Ao considerar os dois textos acima, os fundamentos sócio-históricos do Serviço Social e as particularidades do trabalho dos assistentes sociais, é possível afirmar que:
Texto I
“Afirmar que o Serviço Social é uma profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho como uma especialização do trabalho coletivo e identificar o seu sujeito vivo como trabalhador assalariado implica problematizar como se dá a relação de compra e venda dessa força de trabalho a empregadores diversos, como o Estado, as organizações privadas empresariais, não governamentais ou patronais. Trata-se de uma interpretação da profissão que pretende desvendar suas particularidades como parte do trabalho coletivo, uma vez que o trabalho não é a ação isolada de um indivíduo, mas é sempre atividade coletiva de caráter eminentemente social.” Fonte: RAICHELIS, Raquel. O assistente social como trabalhador assalariado: desafios frente às violações de seus direitos. Serviço Social & Sociedade, n.º 107, São Paulo, jul-set. 2011.
Texto II
“Na esfera pública, os atuais 5.570 municípios brasileiros são os que mais absorvem assistentes sociais, especialmente por meio da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). É necessário salientar as particularidades da atuação nos pequenos municípios com menos de vinte mil habitantes. Aí os profissionais são sujeitos à maior polivalência no nível das demandas, à precariedade de recursos materiais que afetam as condições básicas de trabalho, assim como à maior ingerência das forças políticas locais no trabalho cotidiano. Alia-se a existência de fronteiras pouco nítidas entre o público e o privado que têm lugar na cultura política brasileira, favorecendo os clientelismos, patrimonialismos e coronelismos contemporâneos [...]. O exercício da profissão exige um sujeito profissional que tenha competência para propor os seus projetos e negociá-los com a instituição e defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais. Requer ir além das rotinas institucionais para buscar apreender, no movimento da realidade e na aproximação, as forças vivas de nosso tempo, tendências e possibilidades aí presentes passíveis de serem apropriadas pelo profissional e transformadas em projetos de trabalho profissional. ” Fonte: IAMAMOTO, Marilda Villela. A formação acadêmico-profissional no Serviço Social brasileiro. Serviço Social & Sociedade, n.º 120, São Paulo, out-dez. 2014. Adaptado.
Ao considerar os dois textos acima, os fundamentos sócio-históricos do Serviço Social e as particularidades do trabalho dos assistentes sociais, é possível afirmar que: