Dos pacientes abaixo, assinale aquele que tem indicação de ...

A questão aborda a profilaxia química de tromboembolismo venoso (TEV), que é recomendada para pacientes com risco aumentado de desenvolver eventos tromboembólicos. A alternativa C é a resposta correta porque descreve uma situação onde a profilaxia é indicada: uma mulher obesa, 62 anos, em tratamento de quimioterapia para neoplasia de mama e internada para manejo de mucosite. Pacientes oncológicos têm um risco significativamente elevado de TEV, especialmente durante a quimioterapia, devido à hipercoagulabilidade associada tanto ao câncer quanto ao tratamento. A obesidade também é um fator de risco conhecido para TEV, aumentando ainda mais o risco neste cenário. As outras opções apresentam situações onde a profilaxia química pode não ser imediatamente indicada ou é contraindicada: A - Hemorragia intracraniana é uma contraindicação para anticoagulação devido ao risco de agravamento do sangramento. B - Um jovem em pós-operatório de apendicectomia pode não necessitar de profilaxia química dependendo de sua mobilidade e outros fatores de risco. D - O paciente com suspeita de tromboembolismo pulmonar (dispneia e dor torácica pleurítica súbitas) necessita de diagnóstico e tratamento imediato, não de profilaxia. E - O paciente com HIV-AIDS tratando pneumocistose não tem indicação imediata para profilaxia química de TEV descrita no cenário, a menos que haja outros fatores de risco que não foram mencionados no enunciado.

A alternativa C: Mulher obesa, 62 anos, em quimioterapia para neoplasia de mama, internada para manejo de mucosite é a que apresenta maior indicação para profilaxia química de tromboembolismo venoso.

Por que a alternativa C é a correta?

• Obesidade: A obesidade é um fator de risco independente para trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP).
• Quimioterapia: A quimioterapia pode causar danos ao endotélio vascular, levando à formação de trombos. Além disso, muitos agentes quimioterápicos podem aumentar a viscosidade sanguínea e a tendência à coagulação.
• Neoplasia: O câncer em si é um estado pró-trombótico, e o tratamento do câncer, incluindo a quimioterapia, pode aumentar ainda mais esse risco.
• Imobilização: A internação para manejo de mucosite pode levar à imobilização prolongada, o que é outro fator de risco para TVP e EP.

Por que as outras alternativas foram descartadas anteriormente?

• Alternativa A: A hemorragia intracraniana é uma contraindicação absoluta para a anticoagulação.
• Alternativa B: Embora o pós-operatório seja um fator de risco, a paciente da alternativa C apresenta um perfil de risco ainda maior devido à obesidade, quimioterapia e neoplasia.
• Alternativa D: A paciente apresenta sintomas de embolia pulmonar, o que indica a necessidade de tratamento anticoagulante terapêutico, e não profilaxia.
• Alternativa E: Embora o HIV/AIDS e a pneumocistose possam ser considerados fatores de risco, o perfil da paciente da alternativa C é mais claro em relação à indicação de profilaxia.

Em resumo:

A paciente da alternativa C apresenta uma combinação de fatores de risco que a tornam propensa à trombose venosa profunda e embolia pulmonar. A obesidade, a quimioterapia, a neoplasia e a potencial imobilização durante a internação aumentam significativamente seu risco.