Segundo o médico Álvaro Atallah,

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Como ampliar o alcance das inovações científicas?

     A incorporação de novas tecnologias médicas constitui hoje um dos grandes desafios dos sistemas de saúde. Se, por um lado, é desejável ampliar o acesso a terapias mais eficazes, por outro, esse é um dos fatores que mais encarecem a assistência. Estudos estimam que ao menos um terço dos custos na saúde se deve às novas tecnologias, presentes hoje em todas as áreas médicas, de prevenção e diagnóstico a tratamento e reabilitação.

    A telemedicina, por exemplo, tem permitido que o conhecimento de hospitais de ponta chegue a unidades públicas distantes. Os aplicativos prometem revolucionar os meios de prevenção de doenças e aumentar a adesão das pessoas aos tratamentos. Os robôs possibilitam que cirurgias sejam feitas por meio de pequenos cortes, com menos sangramento e recuperação mais rápida. Mas como aumentar o acesso a essas terapias cada vez mais caras?

       Nos Estados Unidos, por exemplo, as novas tecnologias em saúde respondem por até 48% do crescimento dos custos médicos. Quase um quinto (17%) do PIB americano é gasto em saúde. Na década de 1980, a fatia era de 9% – a mesma de países como Suécia e Dinamarca, que mantêm patamares em torno de 10%. “Gastar mais não tem significado melhor qualidade dos serviços de saúde”, diz o economista Amitabh Chandra, professor da Harvard Kennedy School of Government. Na comparação com outros países desenvolvidos, como Holanda, Reino Unido, Austrália, Alemanha e Canadá, os EUA gastam mais e têm indicadores de saúde piores.

       Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), se não houver freios, o Brasil corre o risco de repetir os mesmos erros dos norte-americanos. Estudo do IESS mostra que os cinco Estados brasileiros com maior PIB (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) têm, proporcionalmente, mais mamógrafos, ressonância magnética e tomógrafos do que o Reino Unido. Na opinião de Paulo Furquim, coordenador do centro de pesquisa em estratégia do Insper, é importante que o setor usufrua dos avanços da medicina, porém é fundamental que os efeitos dos custos sejam mais bem analisados.

      O médico Álvaro Atallah lembra que, para serem incorporadas, as novas tecnologias requerem evidências de boa qualidade. “Precisam apresentar bons resultados no mundo real, eficiência, ser simples de implementar, trazer menor custo e se provar seguras para os pacientes. Tudo isso em comparação com o tratamento já existente”, diz ele. Qual o risco de uma incorporação sem esses critérios? “Jogar saú- de, vida e outras riquezas fora”, afirma.

(Cláudia Collucci. www.temas.folha.uol.com.br/tecnologia-em-saude/debate/, 24.08.2015. Adaptado)
Segundo o médico Álvaro Atallah,
Alternativas

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Alternativa Correta: E - é preciso que as novas tecnologias, além de apresentarem menor custo, sejam eficientes e seguras aos pacientes.

Tema Central: A questão aborda a importância de se avaliar adequadamente as novas tecnologias na área médica, considerando não apenas sua eficácia, mas também fatores como custo, segurança e facilidade de implementação. Para resolver essa questão, é necessário compreender que a incorporação de tecnologia na saúde deve ser cuidadosa e baseada em critérios bem definidos para evitar desperdícios e riscos desnecessários.

Justificativa para a Alternativa Correta: A alternativa E sintetiza a visão do médico Álvaro Atallah, que destaca que as novas tecnologias devem ser eficientes e seguras, além de apresentarem menor custo em comparação com os tratamentos já existentes. Este é um ponto crucial no texto, que enfatiza a necessidade de uma avaliação criteriosa antes da incorporação dessas tecnologias.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Esta alternativa sugere que novas tecnologias devem substituir tratamentos existentes mesmo estando em fase de testes. Contudo, o texto deixa claro que é essencial ter evidências de boa qualidade antes de implementar novas tecnologias, descartando inovações que ainda não provaram sua eficácia.

B - Aqui, há um equívoco em afirmar que as novas tecnologias precisam ter custo elevado. Na verdade, o texto defende que elas devem ter menor custo, além de serem eficientes e seguras.

C - A ideia de que é um risco incorporar novas tecnologias não condiz com o texto. O risco está em incorporá-las sem critérios adequados, e não na própria incorporação de inovações eficientes e seguras.

D - Esta alternativa distorce a mensagem central, insinuando que tecnologias simples e de menor custo são um desperdício. Pelo contrário, o texto defende que tecnologias devem, sim, ser simples de implementar e de menor custo, desde que comprovadas seguras e eficazes.

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Comentários

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“Precisam apresentar bons resultados no mundo real, eficiência, ser simples de implementar, trazer menor custo e se provar seguras para os pacientes. Tudo isso em comparação com o tratamento já existente”

GABARITO: e) é preciso que as novas tecnologias, além de apresentarem menor custo, sejam eficientes e seguras aos pacientes.

 

 

      O médico Álvaro Atallah lembra que, para serem incorporadas, as novas tecnologias requerem evidências de boa qualidade. “Precisam apresentar bons resultados no mundo real, eficiência, ser simples de implementar, trazer menor custo e se provar seguras para os pacientes. Tudo isso em comparação com o tratamento já existente”, diz ele. Qual o risco de uma incorporação sem esses critérios? “Jogar saú- de, vida e outras riquezas fora”, afirma.

Se vc avaliar criteriosamente cada enunciado, nem será necessário ler ao texto !

letra (E)

“Precisam apresentar bons resultados no mundo real, eficiência, ser simples de implementar, trazer menor custo e se provar seguras para os pacientes.

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