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Uma liga de aço que é fragilizada ao revenido sofre perda de tenacidade e pode ser suscetível à fratura frágil, principalmente em altas temperaturas.
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No estado temperado, a martensita, além de ser mais dura, é tão frágil que não pode ser utilizada para a maioria das aplicações. As tensões internas que possam ter sido introduzidas durante a têmpera tem um efeito de enfraquecimento. A ductilidade e a tenacidade podem ser aprimoradas e as tensões internas aliviadas através um tratamento de revenido. O revenido é conseguido através do aquecimento de um aço martensítico até uma temperatura abaixo do eutetóide durante um intervalo de tempo específico. O tratamento térmico de revenido permite, através de processos de difusão, a formação da microestrutura de martensita revenida que consiste em partículas de cementita extremamente pequenas e uniformemente distribuídas. A martensita revenida pode ser quase tão dura e resistente quanto a martensita, porém com ductilidade e tenacidade aprimoradas. A fase cementita, dura, reforça a matriz de ferrita ao longo dos contornos e atuam como barreiras de discordâncias durante a deformação plástica. A fase ferrita, é muito dútil e relativamente tenaz, o que responde pela melhoria dessas duas propriedades na martensita revenida.
Errado
As características mais marcantes da fragilização por revenido são:
• A fragilização por revenido é uma mudança metalúrgica que não é prontamente aparente, mas pode ser confirmada e monitorada através de testes de impacto em corpos-de-prova do aço.
• Danos causados por fragilização ao revenido podem resultar em fratura frágil e danos catastróficos.
• A fragilização ao revenido é caracterizada por um deslocamento para cima na temperatura de transição dúctil-para-frágil, medida em um teste de impacto Charpy com entalhe em V (V notch), em comparação com o material não fragilizado.
• Manifesta-se por uma fragilização intergranular sob altas taxas de deformação em temperaturas abaixo de 175ºC, devido à precipitação de impurezas nos contornos de grãos, com aumento na temperatura de transição do comportamento dúctil-frágil.
• Em geral, o nível máximo de fragilização ocorre após cerca de 50.000 horas de operação
O erro da assertiva está no fato de dizer "principalmente em altas temperaturas". A perda da tenacidade e suscetibilidade de fratura frágil associa-se mais fortemente a esforços a baixas temperaturas, não a altas.
fratura frágil em altas temperaturas?
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