No trecho “Isso lesa a autonomia e prejudica a realização d...
Transtorno de ansiedade: sem tempo para o agora
Imagine que, em algumas horas, você fará a entrevista de emprego para a vaga dos seus sonhos. Enquanto se arruma na frente do espelho, o coração fica acelerado, o estômago se remexe todo, a pele se enche de suor e as pernas bambeiam. Ao mesmo tempo, a cabeça é inundada por um turbilhão de pensamentos e incertezas. “E se a moça do RH não gostar de mim? E se eu falar uma bobagem? E se a conversa for em inglês?” Estamos diante de um clássico episódio de ansiedade, sentimento natural e comum às mais variadas espécies de animais, entre elas os seres humanos.
“Quando nos preocupamos com algo que pode vir a acontecer, tomamos uma série de medidas para resolver previamente aquela situação”, diz o psiquiatra Antonio Egidio Nardi, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Do mesmo modo que nossos antepassados estocavam comida para não sofrer com a fome nos períodos de estiagem e um macaco evita certos lugares da floresta por saber que lá ficam os predadores que adorariam devorá-lo, hoje elaboramos eventuais respostas às perguntas da entrevista de emprego ou estudamos com afinco antes de uma prova difícil. Ao contrário do medo, que é uma reação a ameaças concretas, a ansiedade está mais para um mecanismo de antecipação dos aborrecimentos futuros.
O transtorno começa quando essa emoção passa do ponto. Em vez de mover para frente, o nervosismo exagerado deixa o indivíduo travado, impede que ele faça suas tarefas e atrapalha os seus compromissos. “Isso lesa a autonomia e prejudica a realização de atividades simples e corriqueiras”, caracteriza o médico Antônio Geraldo da Silva, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Aí, sair de casa torna-se um martírio. Entregar o trabalho no prazo é praticamente missão impossível. Convites para festas e encontros viram alvo de desculpas. A concentração some, os lápis são mordidos, as unhas, roídas… e a qualidade de vida cai ladeira abaixo.
Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento com estatísticas dos distúrbios psiquiátricos ao redor do globo. Os transtornos de ansiedade atingem um total de 264 milhões de indivíduos – desses, 18 milhões são brasileiros. Nosso país, aliás, é campeão nos números dessa desordem, com 9,3% da população afetada. A porcentagem fica bem à frente de outras nações: nas Américas, quem chega mais perto da gente é o Paraguai, com uma taxa de 7,6%. Na Europa, a dianteira fica com Noruega (7,4%) e Holanda (6,4%).
Afinal, o que explicaria dados tão inflados em terras brasileiras? “Fatores como índice elevado de desemprego, economia em baixa e falta de segurança pública representam uma ameaça constante”, responde o psiquiatra Pedro Eugênio Ferreira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Preocupações com a saúde, notícias políticas e relações sociais também parecem influenciar por aqui.
Apesar de os achados da OMS assustarem, é um erro considerar que estamos na era mais ansiosa da história – muitos estudos sugerem justamente o contrário. Em primeiro lugar, a ansiedade só passou a ser encarada com mais coerência a partir dos escritos de Sigmund Freud (1856- 1939) e foi aceita nos manuais médicos como um problema de saúde digno de nota a partir da década de 1980. Portanto, é impossível comparar presente e passado sem uma base de dados confiável.
Além disso, com raras exceções, vivemos um dos momentos mais tranquilos de toda humanidade. Há quantas décadas não temos batalhas ou epidemias de grandes proporções? O que acontece hoje é uma mudança nos gatilhos: se atualmente nos preocupamos com a iminência de um assalto ou de uma demissão, nossos pais se afligiam pela proximidade de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética e nossos avós perdiam noites de sono com o avanço nazista sobre França e Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
Existem, porém, alguns fatores que são patrocinadores em potencial de ansiedade independentemente do intervalo histórico. A infância, por exemplo, é fundamental. “Crianças que passaram por abuso ou negligência têm um risco duas a três vezes maior de sofrer com transtornos mentais na adolescência ou na fase adulta”, descreve o psiquiatra Giovanni Abrahão Salum, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A genética e a própria convivência próxima a um familiar com os nervos à flor da pele já elevam a probabilidade de desenvolver a condição posteriormente.
(BIERNATH, André. Transtorno de ansiedade: sem tempo para o agora.
Texto adaptado. Disponível em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/ansiedade-afeta-o-organismo-e-pode-paralisar-sua-vida/
Acesso em: 28/10/2019.)
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Alternativa correta: A - Pronome; conjunção; e, adjetivo.
Vamos entender melhor a classificação morfológica das palavras destacadas no trecho fornecido:
1. "Isso" - Pronome
A palavra "isso" é um pronome demonstrativo que se refere a algo já mencionado anteriormente no texto. Neste caso, "isso" está substituindo uma ideia ou situação descrita anteriormente.
2. "e" - Conjunção
A palavra "e" é uma conjunção coordenativa aditiva. Ela é usada para estabelecer uma ligação entre duas orações ou termos de uma mesma oração, indicando adição de ideias. No trecho, "e" está ligando "atividades simples" e "corriqueiras".
3. "corriqueiras" - Adjetivo
A palavra "corriqueiras" é um adjetivo, pois está qualificando o substantivo "atividades". Adjetivos são palavras que caracterizam ou qualificam substantivos, atribuindo-lhes qualidades, estados ou condições.
Agora, vamos justificar as alternativas incorretas:
Alternativa B - Pronome; preposição; e, adjetivo.
Essa alternativa está incorreta porque a palavra "e" não é uma preposição. A palavra "e" é uma conjunção, como já explicado acima.
Alternativa C - Preposição; conjunção; e, advérbio.
Essa alternativa está incorreta em dois pontos. Primeiramente, "isso" não é uma preposição, mas sim um pronome. Além disso, "corriqueiras" não é um advérbio, e sim um adjetivo.
Alternativa D - Preposição; preposição; e, advérbio.
Essa alternativa está incorreta em todos os pontos. "Isso" não é uma preposição, "e" não é uma preposição, e "corriqueiras" não é um advérbio.
Portanto, a alternativa correta é a A.
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GABARITO: LETRA A
“Isso (PRONOME DEMONSTRATIVO, ELE RETOMA ALGO, POSSUI CARÁTER ANAFÓRICO) lesa a autonomia e prejudica a realização de atividades simples e (CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA, ELA EXPRESSA SOMA DE IDEIAS) corriqueiras (TEMOS UM ADJETIVO, ELE QUALIFICA O SUBSTANTIVO "ATIVIDADES") (...)”
☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
eu confesso que não aparece destaque na conjunção E, só eu não vi?
Analisando..Isso lesa a autonomia e prejudica a realização de atividades simples e corriqueiras (...)”
isso= pronome adjetivo.
para dentificar os adjetivos coloque um (tão) antes do termo.
atividades simples e (tão) corriqueiras.
Sucesso, bons estudos não desista!
Nessa questão, deve-se identificar a classificação morfológica das palavras em destaque. Em outras palavras, classificá-las dentro de suas respectivas classes gramaticais. Vejamos o trecho:
"Isso lesa a autonomia e prejudica a realização de atividades simples e corriqueiras."
Isso → Pronome demonstrativo. Serve como elemento dêitico (anáfora). A esta classe de palavra pertence "aquilo", "aquele" e afins;
E → Conjunção coordenativa aditiva. Acresce à estrutura uma informação. A esta classe pertence "nem";
Corriqueiras → Adjetivo. Esse nome caracteriza o substantivo "simples", conferindo-lhe certa particularidade.
a) Pronome; conjunção; e, adjetivo.
Correto. Existe adequação quanto à classificação das três palavras;
b) Pronome; preposição; e, adjetivo.
Incorreto. A segunda palavra é conjunção;
c) Preposição; conjunção; e, advérbio.
Incorreto. A primeira palavra é pronome demonstrativo; a última, adjetivo;
d) Preposição; preposição; e, advérbio.
Incorreto. A primeira palavra é pronome; a segunda, conjunção; a terceira, adjetivo.
Letra A
Conjunção X Preposição
A conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou termos semelhantes de uma mesma oração. A preposição também é palavra invariável que relaciona dois termos, só que, nessa relação, um termo completa ou explica o sentido do outro. A preposição não liga orações.
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