[Questão inédita] A inserção do Brasil no sistema internacio...

Gabarito: B

A alternativa correta é a letra B. Vamos entender por quê.

A questão aborda a posição do Brasil nos processos de integração regional na América do Sul. Para responder a essa pergunta, é necessário compreender a atuação do Brasil em organizações regionais e sua política externa na região.

Justificativa da Alternativa Correta (B):

O Brasil tem desempenhado um papel de liderança na promoção da integração regional, participando ativamente de organizações como o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Esta alternativa é correta porque o Brasil, historicamente, tem se envolvido de forma significativa em processos de integração regional, buscando fortalecer a cooperação econômica, política e social com seus vizinhos sul-americanos. O Brasil é um dos membros fundadores do Mercosul, uma organização que visa promover o livre comércio e a fluidez de bens, pessoas e capitais entre os países membros. Além disso, o Brasil também é ativo na CELAC, que promove a integração regional mais ampla entre os países da América Latina e do Caribe.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - O Brasil tem buscado ativamente se desligar de organizações regionais, optando por uma abordagem unilateral em suas relações internacionais.
Esta alternativa está incorreta. O Brasil não tem buscado se desligar das organizações regionais. Pelo contrário, o país tem uma história de participação ativa em diversas organizações regionais.

C - O Brasil tem adotado uma postura isolacionista em relação à América do Sul, evitando qualquer forma de cooperação regional.
Esta alternativa está incorreta. O Brasil não adota uma postura isolacionista em relação à América do Sul. O país frequentemente busca a integração regional e coopera em diversos projetos e iniciativas regionais.

D - O Brasil tem priorizado alianças com países de outras regiões do mundo, como a União Europeia e os Estados Unidos, em detrimento da integração regional na América do Sul.
Embora o Brasil mantenha relações importantes com outras regiões do mundo, essa alternativa está incorreta. O país não faz isso em detrimento da integração regional. O Brasil consegue equilibrar suas relações internacionais mantendo um papel ativo nas organizações regionais.

E - O Brasil tem se mostrado indiferente aos processos de integração regional na América do Sul, preferindo manter uma postura neutra em relação às organizações regionais.
Esta alternativa está incorreta. O Brasil não tem se mostrado indiferente aos processos de integração regional. Pelo contrário, participa ativamente e assume muitas vezes posições de liderança nessas iniciativas.

Espero que isso tenha ajudado a esclarecer a posição do Brasil nos processos de integração regional na América do Sul.

CF, Art. 4º, Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

MERCOSUL: bloco econômico sul-americano formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e outros países associados e observadores. "O Mercado Comum do Sul (Mercosul) voltou a ser prioridade para o país, porque o bloco comum tem o potencial de promover, ao mesmo tempo, cooperação internacional, desenvolvimento regional, soberania nacional e melhoria da qualidade de vida dos habitantes desses países. Com isso, o Brasil busca reafirmar o seu papel como líder regional positivo e propositivo." https://www.conjur.com.br/2024-abr-18/mercosul-a-agenda-estrategica-de-cooperacao-e-integracao-do-brasil/

CELAC: A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi lançada em 2010, está em atividade desde 2011 e integra todos os 33 países da América Latina e do Caribe. O Brasil teve papel de liderança no processo de construção do bloco, como organizador da I Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC), em 2008. Em consonância com o compromisso do governo federal com a retomada da agenda da integração regional na América Latina e no Caribe, o Brasil retornou à CELAC em 2023 e voltou a participar de todas as suas instâncias políticas e técnicas. https://www.gov.br/mec/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/estrutura-organizacional/orgaos-de-assistencia-direta-e-imediata-ao-ministro/assessoria-internacional/celac

INTEGRAÇÃO REGIONAL: "Na 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (CARICOM), da qual o Brasil participa como convidado especial, o governo brasileiro dá início à intensificação do diálogo sobre o projeto das rotas de integração sul-americanas, que foi desenhado a partir de uma escuta ativa aos 11 Estados brasileiros que possuem fronteira com os países da região." https://www.gov.br/planejamento/pt-br/assuntos/noticias/2024/fevereiro/brasil-vai-intensificar-a-partir-da-caricom-o-dialogo-com-os-paises-sul-americanos-sobre-as-rotas-da-integracao-regional

ROTAS DE UNIÃO: Plano de ligar o Brasil ao Pacífico e integrar a américa latina. "Governo Lula tenta superar divisões políticas no continente para tirar do papel projeto histórico de integração regional e surfar oportunidades internacionais". https://www.infomoney.com.br/politica/rotas-de-uniao-o-plano-de-ligar-o-brasil-ao-pacifico-e-integrar-a-america-latina/

GABARITO: LETRA B.

A posição do Brasil em relação aos processos de integração regional na América do Sul é melhor descrita pela opção B. O Brasil tem desempenhado um papel de liderança na promoção da integração regional, participando ativamente de organizações como o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). O país tem sido relevante no campo da integração e cooperação regional, adaptando-se a diferentes iniciativas subregionais e promovendo políticas que visam a integração de infraestrutura e a coordenação de políticas macroeconômicas e cambiais.

Além disso, o Brasil tem buscado preservar seus interesses e aumentar seu poder por meio de intensa participação em fóruns políticos e econômicos, tanto regionais quanto multilaterais. Essa estratégia inclui a busca por complementaridades e a promoção de uma maior integração regional, apesar dos desafios e complexidades nas relações com países vizinhos.

O Brasil tem contribuído significativamente para a integração regional na América do Sul de várias maneiras:

✓Liderança no Mercosul: O Brasil tem sido um líder ativo no Mercosul, que inclui Argentina, Paraguai e Uruguai, promovendo o comércio e o investimento cruzados e atuando como um fórum para resolver disputas e promover políticas coordenadas em assuntos internacionais.

Relações Econômicas com a Argentina: A relação econômica entre Brasil e Argentina é um dos pilares da integração regional, com o Brasil sendo um dos principais parceiros comerciais da Argentina. Ambos os países têm trabalhado para reduzir barreiras comerciais e aumentar o fluxo de bens e serviços.

✓Projetos de Infraestrutura: O Brasil tem participado de iniciativas como a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (IIRSA) e o Conselho Sul-americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), que visam melhorar a infraestrutura de comércio e investimento na região.

✓Cooperação em Políticas Ambientais e Energia: Há esforços para colaborar em áreas como energia, ciência e tecnologia, e políticas ambientais, que são essenciais para uma integração regional sustentável.

✓Educação e Cultura: A educação e a cultura também são vistas como áreas promissoras para a cooperação, ajudando a construir uma compreensão mútua e respeito entre as populações dos países sul-americanos.

✓Essas contribuições refletem o compromisso do Brasil com a integração regional e seu papel como uma potência influente na América do Sul.