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Q2405515 Medicina
Paciente de 25 anos, previamente hígida, ASA I, nuligesta, evoluiu com quadro de taquicardia, precedida por náuseas, sudorese profusa, turvação visual, palidez, bocejamento e hiperventilação, acabando por evoluir para uma síncope, durante uma histeroscopia diagnóstica, sem uso de anestesia. Após poucos minutos, recupera a consciência e queixa-se de sensação de “fraqueza e morte iminente”, mas está lucida e orientada, com sinais vitais estáveis. Assinale a alternativa correta que apresenta a etiologia mais provável para quadro ora apresentado.
Alternativas

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A alternativa correta é a alternativa C - Reflexo vasovagal.

Vamos analisar o quadro clínico apresentado: uma paciente jovem, saudável, nuligesta, que apresenta sintomas como taquicardia, náuseas, sudorese profusa, turvação visual, palidez, bocejamento e hiperventilação, culminando em um episódio de síncope durante uma histeroscopia diagnóstica. Após o evento, ela recupera rapidamente a consciência, mas ainda sente uma sensação de "fraqueza e morte iminente", embora permaneça lúcida e orientada, com sinais vitais estáveis.

Esses sintomas estão fortemente associados ao reflexo vasovagal, também conhecido como síncope neurocardiogênica. Esse reflexo é uma resposta do sistema nervoso autonômico que leva a uma queda súbita da frequência cardíaca e da pressão arterial, resultando na diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e, consequentemente, na perda temporária de consciência.

Vamos agora justificar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A - Intoxicação por CO2: A intoxicação por CO2 geralmente ocorre em procedimentos laparoscópicos com insuflação de CO2 e não durante uma histeroscopia diagnóstica. Além disso, os sintomas de intoxicação por CO2 incluem cefaleia, vertigem e, em casos graves, perda de consciência, mas são acompanhados de hipercapnia detectável em gasometria, não compatível com os sinais vitais estáveis da paciente.

Alternativa B - Síndrome conversiva: A síndrome conversiva envolve a presença de sintomas neurológicos ou físicos que não podem ser explicados por uma condição médica. Embora possa incluir episódios de síncope, é menos provável aqui devido à rápida recuperação da consciência e à orientação da paciente, além da presença de sinais vitais estáveis, que sugerem uma causa fisiológica mais clara como o reflexo vasovagal.

Alternativa D - Perfuração uterina: A perfuração uterina é uma complicação grave da histeroscopia, mas geralmente se manifesta com dor abdominal aguda e sinais de peritonite ou hemorragia interna. A ausência de dor intensa e a estabilidade dos sinais vitais tornam essa hipótese menos provável.

Em resumo, a alternativa que melhor explica o quadro apresentado é a alternativa C - Reflexo vasovagal, pois todos os sintomas e a rápida recuperação são compatíveis com esse diagnóstico.

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Comentários

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A alternativa C - Reflexo vasovagal é a correta para explicar o quadro clínico apresentado pela paciente. O reflexo vasovagal, também conhecido como síncope vasovagal ou neurocardiogênica, é uma resposta fisiológica comum a estresse, dor ou situações de desconforto, como pode ocorrer durante um procedimento médico sem anestesia, como a histeroscopia diagnóstica. Os sintomas descritos, que incluem taquicardia, náuseas, sudorese, turvação visual, palidez, bocejamento, hiperventilação e, finalmente, síncope (desmaio), são típicos de uma resposta vasovagal. A recuperação é geralmente rápida após o episódio, e a paciente se mantém lúcida e orientada, com sinais vitais estáveis, o que também é característico de uma síncope vasovagal. As demais opções não se encaixam tão bem com o relato clínico: A intoxicação por CO2 geralmente ocorre em ambientes confinados, a síndrome conversiva (B) é um transtorno psicológico que não leva a alterações nos sinais vitais e a perfuração uterina (D) é uma complicação que normalmente está associada a dor aguda, sangramento e potenciais alterações nos sinais vitais. Portanto, o cenário descrito é típico de uma síncope vasovagal, tornando a resposta C a mais adequada.

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