Leia abaixo o início do conto “A porca”. ERA UMA ...
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Ano: 2022
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Guaçuí - ES
Provas:
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Ciências
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IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Educação Física |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Ensino Religioso |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Geografia |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - História |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Inglês |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Matemática |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Tecnologia na Educação |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor MAMPB - 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental - Arte |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - MAMPP Técnico Pedagógico |
IBADE - 2022 - Prefeitura de Guaçuí - ES - Professor de Creche |
Q3009317
Português
Leia abaixo o início do conto “A porca”.
ERA UMA VEZ UM MENINOZINHO, que tinha muito medo. Era só soprar um vento forte, desses de levantar poeira no fundo do quintal e bater com os postigos da janela; era só haver uma nuvem escura, uma única, que tampasse o sol; era só esbarrar com a pipa d’água e ouvir o rico e pesado sacolejar da água dentro, para que o menino se encolhesse bem no centro de seu ventre, orelhas retesas, olhos muito abertos ou obstinadamente fechados. Depois, o menino levantava, limpava o pó do fundilho das calças e ia para o quintal.
Conhecia as galinhas, os porcos, mas nenhum lhe pertencia. Achava mesmo engraçado quando via os irmãos abraçarem um leitãozinho, a irmã mais nova tentando, por força, enfiar uma de suas saias no bicho. Bicho é bicho, sabia ele. Bicho tem vida sua, diferente da de gente. Os irmãos não sabiam. Fingiam que eram bonecas, criancinhas pequenas e, nos dias de matança, todos já eram petiscos, brinquedo esquecido.
[...]
(FAILLACE, Tânia Jamardo. A porca. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo. Objetiva, 2000.)
O narrador utilizado nesse trecho é classificado como:
ERA UMA VEZ UM MENINOZINHO, que tinha muito medo. Era só soprar um vento forte, desses de levantar poeira no fundo do quintal e bater com os postigos da janela; era só haver uma nuvem escura, uma única, que tampasse o sol; era só esbarrar com a pipa d’água e ouvir o rico e pesado sacolejar da água dentro, para que o menino se encolhesse bem no centro de seu ventre, orelhas retesas, olhos muito abertos ou obstinadamente fechados. Depois, o menino levantava, limpava o pó do fundilho das calças e ia para o quintal.
Conhecia as galinhas, os porcos, mas nenhum lhe pertencia. Achava mesmo engraçado quando via os irmãos abraçarem um leitãozinho, a irmã mais nova tentando, por força, enfiar uma de suas saias no bicho. Bicho é bicho, sabia ele. Bicho tem vida sua, diferente da de gente. Os irmãos não sabiam. Fingiam que eram bonecas, criancinhas pequenas e, nos dias de matança, todos já eram petiscos, brinquedo esquecido.
[...]
(FAILLACE, Tânia Jamardo. A porca. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo. Objetiva, 2000.)
O narrador utilizado nesse trecho é classificado como: