No penúltimo verso dessa estrofe, aparece um sinal indicativ...

A questão apresentada aborda o tema da crase, que é a fusão de duas vogais idênticas, especificamente a preposição "a" com o artigo definido feminino "a", formando "à". A estrofe do poema "Os Lusíadas" menciona o verso "E que do Céu à Terra, enfim desceu", onde ocorre o uso da crase.

Vamos analisar a alternativa correta:

B - Neste caso, para se manter o sentido pretendido pelo poeta, o sinal indicativo de crase é obrigatório.

No verso "do Céu à Terra", o termo "à" resulta da preposição "a" exigida pelo verbo "descer" e do artigo definido feminino "a" que antecede "Terra". Portanto, a crase é obrigatória para indicar a junção desses dois elementos. A ausência da crase alteraria a norma padrão da escrita e a interpretação desejada pelo autor.

Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:

A - O sinal indicativo de crase seria dispensável nesta frase, sem qualquer prejuízo ao sentido original.

Esta alternativa está incorreta porque a ausência da crase invalidaria a correta fusão da preposição com o artigo, alterando a estrutura gramatical esperada na língua padrão.

C - Trata-se de situação em que o uso do sinal indicativo de crase é facultativo, sem que isso altere o sentido do verso.

Esta afirmação é falsa, pois a crase não é facultativa neste contexto. A fusão da preposição com o artigo é exigida pela regência do verbo "descer" e a presença do artigo definido, tornando o uso da crase obrigatório.

D - No trecho em questão, entre as palavras “céu” e “terra”, não aparece sinal indicativo de crase, mas sim um acento agudo, para marcar a sílaba tônica.

Esta alternativa está incorreta porque, no trecho indicado, o que aparece é, de fato, o sinal de crase, e não um acento agudo. A crase tem a função de unir a preposição ao artigo, enquanto o acento agudo tem outra função na língua.

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