Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no temp...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a B. Vamos entender o porquê e analisar as demais opções.
A. Na opção A, temos uma descrição que está parcialmente correta, mas não define completamente um objetivo específico da avaliação psicológica clínica. A classificação nosológica, de fato, pode ultrapassar uma simples categorização, mas o foco aqui é mais técnico e específico voltado para a avaliação de déficits neuropsicológicos, e não abrange todos os objetivos da avaliação psicológica clínica.
B. A alternativa B está correta porque o entendimento dinâmico é essencial na avaliação psicológica clínica. Ele permite que o psicólogo compreenda aspectos comportamentais que podem não ser facilmente acessíveis através de entrevistas. Além disso, ajuda na antecipação de possíveis dificuldades na terapia e na definição de focos terapêuticos, que são objetivos centrais da avaliação psicológica.
C. A opção C aborda aspectos do diagnóstico diferencial e da avaliação de riscos, além das estimativas de forças e fraquezas do ego. No entanto, esses são elementos que fazem parte de um processo mais geral de diagnóstico e não são exclusivos à avaliação psicológica clínica.
D. A alternativa D fala sobre a avaliação compreensiva, que investiga irregularidades ou inconsistências no quadro sintomático. Embora isso seja parte do processo de diagnóstico, a descrição se aproxima mais de um processo de refinamento diagnóstico do que dos objetivos primários da avaliação psicológica clínica.
Resumo: A avaliação psicológica clínica tem como objetivo principal proporcionar um entendimento dinâmico do paciente, explorando aspectos comportamentais e emocionais que informam o desenvolvimento de um plano terapêutico eficaz. Isso é claramente expresso na alternativa B, tornando-a a escolha correta.
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Classificação simples: O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.
Descrição: Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.
Classificação nosológica: Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos.
Diagnóstico diferencial: São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.
Avaliação compreensiva: É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.
Entendimento dinâmico: Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc.
Prevenção: Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.
Prognóstico: Determina o curso provável do caso.
Perícia forense: Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.
Psicodiagnóstico V - Jurema Alcides Cunha
Segundo Cunha (2007),
"O objetivo de entendimento dinâmico, em sentido lato, pode ser considerado como uma forma de avaliação compreensiva, já que enfoca a personalidade de maneira global, mas pressupõe um nível mais elevado de inferência clínica. Através do exame, procura-se entender a problemática de um sujeito, com uma dimensão mais profunda, na perspectiva histórica do desenvolvimento, investigando fatores psicodinâmicos, identificando conflitos e chegando a uma compreensão do caso com base num referencial teórico" (p. 28)
Ainda segundo a mesma autora, "permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc" (p. 27)
a) trata-se da descrição;
c) trata-se da prevenção;
d) trata-se do diagnóstico diferencial;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
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Gabarito: B
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