O cadáver de um homem sepultado há cerca de seis meses foi ...
A fgv da umas diquinhas: rançoso --> adipocera
O processo inicia-se após a sexta semana depois da morte, em meio onde haja água estagnada e pouco corrente, e solo argiloso, úmido e de difícil acesso ao ar atmosférico. Também está sujeito a fatores como idade, sexo, obesidade e doenças que originam degeneração de gordura.
O cadáver saponificado apresenta consistência untuosa, mole e quebradiça, de tonalidade amarelo-escura, que dão aparência de cera ou sabão. Além disso, exala odor de queijo rançoso.
>> SAPONIFICAÇÃO OU ADIPOCERA:
processo conservador que transforma o cadáver em “uma substância de consistência untuosa, mole e quebradiça, de tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou sabão”.
São mais comuns em pessoas com mais panículo adiposo (gordura). Em geral surge espontaneamente, após a sexta(6) semana depois da morte, sendo os grandes responsáveis pela transformação a água e o tipo de solo em que se encontra o cadáver.
O processo ocorre mais frequentemente em crianças, e é um tanto mais comum nas mulheres; ademais, conforme mencionado, acomete mais os obesos.
GAB. LETRA E
Saponificação ou Adipocera
- Muito raro;
- Aspecto de CERA;
- Consistência untuosa, mole e quebradiça;
- Cheiro RANÇOSO adocicado;
- Coloração amarelada, rósea ou acinzentado.
Predisponentes:
- Obesos (inicia-se pelas partes do corpo que contém mais gordura)
- Água estagnada e pouco corrente;
- Solo argiloso e úmido;
- Difícil acesso ao ar atmosférico;
- Mais comum em valas comuns;
- Aparece após estágio relativamente avançado de putrefação;
Adipocera ou saponificação (fenômeno transformativo conservador)
=> ocorre mais nos casos de covas múltiplas, catástrofes etc
=> é marcado por um odor de queijo rançoso e adocicado
=> transforma o tecido do corpo em substância amarelo-acinzentada, untuosa, mole ou quebradiça
=> Raramente se dá no corpo todo. Pode ocorrer concomitantemente com a mumificação e a putrefação
=> Se dá em torno de um, dois ou três meses após a morte.
=> pode conservar algumas características físicas do indivíduo (favorecendo sua identificação e também das lesões).
Fonte: Wilson Luiz Palermo Ferreira
Saponificação / adipocera
Recebe esses nomes porque o cadáver vai ficar com material semelhante a sabão (saponificação) ou cera/ parafina de vela (adipocera).
- É um processo tardio, aparece depois de já iniciada a putrefação;
- Depende de condições do solo, sobretudo solo argiloso, com grande conteúdo de água (úmido) e com pouco acesso a ar atmosférico;
- Substância mole, quebradiça, amarela-escurecida, semelhante à cera ou sabão.
A fase coliquativa ocorre cerca de 3 semanas após a morte, portanto, se em 6 meses o cadáver ainda está preservado nas suas partes inferiores, então não está ocorrendo fenômeno destrutivo.
Características importantes da ADIPOCERA / SAPONIFICAÇÃO
1) Aspecto de cera
2) consistência untuosa, mole e quebradiça
3) cheiro rançoso adocicado
4) coloração amarelado, róseo ou acinzentado.
Rançoso, adipocera, fenômeno de conservação, "cheirinho de queijo" segundo alguns => saponificação
As condições que favorecem o surgimento da saponificação cadavérica são:
- Ambiente pouco ventilado, quentes
- Solo argiloso e úmido,
- Indivíduo obeso
OBS: Se o corpo não for movido, essa capa pode permanecer por 200, 300 anos
Caro aluno, vamos analisar a questão de Medicina Legal - Tanatologia Forense e compreender a resposta correta. A alternativa correta é a alternativa E. Agora, vamos entender o porquê.
Alternativa E: Apresenta o fenômeno de adipocera ou saponificação, por isso tronco e membros inferiores estão preservados.
A adipocera, ou saponificação, é um fenômeno cadavérico conservador caracterizado pela transformação das gorduras do corpo em uma substância cerosa. Esse processo ocorre em ambientes úmidos ou saturados de água, onde as gorduras se hidrolisam e formam ácidos graxos e glicerol. Este fenômeno resulta na preservação dos tecidos moles do corpo, explicando a conservação do tronco e membros inferiores descrita na questão.
A presença do odor rançoso e desagradável é característica da adipocera, decorrente da decomposição das gorduras. Assim, a descrição fornecida na questão é compatível com um corpo que apresenta adipocera.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
Alternativa A: Possivelmente passou por algum método de conservação antes do sepultamento, por isso a putrefação ainda não se completou.
Esta alternativa sugere que o corpo foi submetido a um método artificial de conservação, como embalsamamento. No entanto, a questão não menciona nenhuma intervenção desse tipo, e o aspecto descrito é mais consistente com processos naturais como a adipocera.
Alternativa B: Está mumificado, por isso tronco e membros inferiores estão preservados.
A mumificação é outro fenômeno conservador, mas ocorre em condições de baixa umidade e alta temperatura, resultando em um cadáver ressecado e enrijecido. Os detalhes da questão (odor rançoso e ambiente típico de sepultamento) são mais coerentes com a adipocera do que com a mumificação.
Alternativa C: Está na fase gasosa, por isso o odor exalado e a conservação de tronco e membros inferiores.
A fase gasosa da putrefação é caracterizada pela formação de gases e inchaço do corpo, mas não explicaria a preservação do tronco e membros inferiores como descrito. Além disso, o odor seria mais cadavérico do que rançoso.
Alternativa D: Está na fase coliquativa que antecede a esqueletização, por isso tronco e membros inferiores ainda estão preservados.
A fase coliquativa é conhecida pela liquefação dos tecidos moles e formação de uma massa viscosa, sendo uma etapa avançada da putrefação. A descrição da preservação de partes do corpo e o tipo de odor mencionado não são compatíveis com essa fase, mas sim com a adipocera.
Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer o raciocínio por trás da resposta correta. Fique à vontade para fazer mais perguntas ou solicitar explicações adicionais sobre o tema!