Com base na Aspergilose broncopulmonar alérgica, pode-se af...

Tema Central: A questão aborda a Aspergilose broncopulmonar alérgica, uma condição que ocorre principalmente em indivíduos com asma ou fibrose cística. É crucial compreender os fatores imunológicos, genéticos e patológicos associados a essa condição para responder à questão corretamente.

Alternativa Correta: D

A alternativa D está correta porque descreve o papel dos alérgenos do Aspergillus, que são proteínas com atividade enzimática. Essas proteínas podem lesar o epitélio respiratório, facilitando o contato das hifas do fungo com os folículos linfoides. Esse processo estimula as células Th2, resultando em uma maior produção de IgE, que é uma característica marcante nas reações alérgicas, incluindo a aspergilose broncopulmonar alérgica.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: Está incorreta porque nem todos os asmáticos têm um teste cutâneo positivo para Aspergillus sp. A sensibilização e desenvolvimento de aspergilose broncopulmonar alérgica não ocorrem em 100% dos casos de asma.

Alternativa B: Embora bronquiectasia possa estar associada à aspergilose broncopulmonar alérgica, a afirmação de que bronquiectasia e bronquiolite obliterante estão "sempre presentes" é incorreta. Essas condições podem ocorrer, mas não são invariáveis.

Alternativa C: Essa alternativa está errada ao afirmar que certas mutações nos antígenos DR2 de leucócitos tornam os indivíduos "menos suscetíveis". Na verdade, certas predisposições genéticas podem aumentar a suscetibilidade, não diminuí-la.

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A aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) é uma condição resultante da resposta imune hipersensível do hospedeiro ao fungo Aspergillus, geralmente Aspergillus fumigatus, que se desenvolve em indivíduos asmáticos ou com fibrose cística. A alternativa D é correta porque descreve adequadamente o mecanismo imunopatológico subjacente à ABPA. Muitos alérgenos do Aspergillus são de fato proteínas enzimáticas que podem danificar o epitélio respiratório. Essa lesão facilita a interação das hifas do fungo com os folículos linfoides subjacentes, o que pode promover uma resposta imune que favorece a ativação das células T auxiliares tipo 2 (Th2). Essas células Th2 desempenham um papel crucial na mediação de respostas alérgicas, incluindo a produção de interleucinas que conduzem à síntese de imunoglobulina E (IgE). A produção elevada de IgE é uma característica chave da ABPA. As alternativas A, B e C são incorretas. A alternativa A afirma erroneamente que todos os asmáticos reagem ao teste cutâneo imediato para Aspergillus sp., o que não é verdade, pois não todos os asmáticos possuem sensibilização ao Aspergillus. A alternativa B também está errada porque, embora a bronquiectasia seja uma característica frequente da ABPA, a bronquiolite obliterante não está sempre presente. Finalmente, a alternativa C está equivocada ao sugerir que mutações em certos antígenos leucocitários (HLA-DR2) tornam os indivíduos menos suscetíveis a ABPA, quando na verdade alguns alelos HLA podem estar associados a uma maior susceptibilidade à doença.