O conceito de civilização não pode ser precisamente
definido, não apenas por ser um processo evolucionário, mas
também por ter se manifestado de formas muito diferentes
através dos tempos. Entre as civilizações antigas, havia múltiplas
diferenças nas crenças religiosas, nos costumes sociais, nas
formas de governo e na criação artística. Contudo, uma faceta de
fundamental importância para todas elas era a tecnologia, que,
em sentido mais amplo, pode significar a aplicação do
conhecimento para finalidades práticas.
Hoje, a tecnologia é, na prática, sinônimo de ciência
aplicada, mas as tecnologias básicas — tais como agricultura,
construção, cerâmica, tecidos — foram originalmente empíricas e
transmitidas de uma geração para outra, enquanto a ciência, no
sentido de pesquisa sistemática das leis do universo, é um
fenômeno relativamente recente. A tecnologia foi fundamental, já
que proporcionava os recursos necessários para sociedades
organizadas, e essas sociedades tornaram possíveis não apenas a
divisão do trabalho — por exemplo, entre trabalhadores da terra,
oleiros, marinheiros e similares —, como também um ambiente
no qual puderam florescer as artes em geral, não necessárias à
vida no dia a dia. A maioria dessas artes dependia de alguma
espécie de suporte tecnológico: o escultor requeria ferramentas, o
escritor necessitava de tinta e de papiro (ou papel, mais tarde), o
dramaturgo precisava de teatros especialmente construídos.
Trevor I. Williams. História das invenções: do machado de pedra às tecnologias
da informação. Tradução de Cristina Antunes. Atualização e revisão de William E. Schaaf, Jr.
e Arianne E. Burnette. Belo Horizonte: Gutenberg, 2009, p. 12-13 (com adaptações).
Julgue o item a seguir, referente a aspectos gramaticais do texto CB1A1-II.
No segundo parágrafo, a flexão de plural no termo
“possíveis” (segundo período) justifica-se por sua
concordância com “essas sociedades”, que é o sujeito da
oração.