Ainda hoje, ninguém quer falar sobre isso. Às vezes, desconf...
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Ano: 2025
Banca:
UFU-MG
Órgão:
UFU-MG
Provas:
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Arquiteto e Urbanista
|
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Bibliotecário - Documentalista |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Arquivista |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Economista |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Engenheiro/Civil |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Médico/Pediatra |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Técnico em Assuntos Educacionais/Educação Superior e Apoio Administrativo |
UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Técnico em Assuntos Educacionais/Educação Básica/Educação Especial e Apoio Administrativo |
Q3157759
Português
Ainda hoje, ninguém quer falar sobre isso. Às vezes, desconfiam que se trata de alguma performance – um fingir
sofrer por atenção. Às vezes, acham que é falta de alguma coisa em particular que eles mesmos já descobriram
o que é – de emprego, de algum deus, de tempo ao ar livre, de correr na esteira.
E no geral, acham que é só desagradável de comentar mesmo. Algo que deveria ser evitado não só como sentimento, mas como assunto. Porque falar sobre é negatividade. Focar no problema, dizem, é parte do problema.
É assim que se constrói o tabu sobre saúde mental. Uma receita que mistura máximas redutivas, achismos superficiais, experiências pessoais convertidas em regras, a famosa pressão por expressar positividade e uma boa dose de preconceito.
É bem verdade que tudo carrega nuances. Sim, existe uma cultura de performance e até de romantização do sofrimento mental, principalmente nas redes sociais. Sim, passear ao ar livre e fazer exercícios físicos pode fazer bem para sua cabeça. E sim, tem gente que reclama demais mesmo, o tempo todo e para todo mundo, desconsiderando que o ouvido dos outros não é um penico.
Mas sim, é verdade também que o sofrimento mental existe. É verdade que se trata de um problema frequentemente complexo que não vai ser resolvido com alguma receita de bolo. E é verdade também que evitar falar sobre isso não ajuda a ninguém.
Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/em-primeira-pessoa/cresci-em-uma-familia-marcada-por-transtornos-mentais/. Acesso em: 14 set. 2024.
As expressões em destaque no trecho contribuem para a argumentação ao
E no geral, acham que é só desagradável de comentar mesmo. Algo que deveria ser evitado não só como sentimento, mas como assunto. Porque falar sobre é negatividade. Focar no problema, dizem, é parte do problema.
É assim que se constrói o tabu sobre saúde mental. Uma receita que mistura máximas redutivas, achismos superficiais, experiências pessoais convertidas em regras, a famosa pressão por expressar positividade e uma boa dose de preconceito.
É bem verdade que tudo carrega nuances. Sim, existe uma cultura de performance e até de romantização do sofrimento mental, principalmente nas redes sociais. Sim, passear ao ar livre e fazer exercícios físicos pode fazer bem para sua cabeça. E sim, tem gente que reclama demais mesmo, o tempo todo e para todo mundo, desconsiderando que o ouvido dos outros não é um penico.
Mas sim, é verdade também que o sofrimento mental existe. É verdade que se trata de um problema frequentemente complexo que não vai ser resolvido com alguma receita de bolo. E é verdade também que evitar falar sobre isso não ajuda a ninguém.
Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/em-primeira-pessoa/cresci-em-uma-familia-marcada-por-transtornos-mentais/. Acesso em: 14 set. 2024.
As expressões em destaque no trecho contribuem para a argumentação ao