Não é alarmismo de cientistas paranoicos. É fato: de acordo ...
A causa da inversão de papéis é o desmatamento, agravado por incêndios devastadores sem precedentes. De 1º de janeiro a 9 de setembro, os 82 mil focos de fogo detectados foram o dobro dos mapeados no mesmo período do ano passado. A Amazônia chegou a tal ponto depois de muito descaso com a ocupação desordenada da região onde fica a maior floresta tropical do planeta. É fundamental cobrar do Executivo medidas de combate ao fogo e proteção da floresta. Mas a responsabilidade vai além. Precisa se estender ao Legislativo, onde ainda tramita uma “boiada” de projetos enfraquecendo a lei ambiental. E também ao Judiciário, onde são frequentes casos de leniência com crimes contra a natureza. [...]
Atentados contra o meio ambiente não são crimes de baixo poder ofensivo. E não basta se mobilizar quando o pior já aconteceu. É preciso haver vontade e base jurídica para proteger as florestas. Com a Amazônia e o Pantanal em chamas, o Brasil terá dificuldades de reclamar quando for acusado em fóruns internacionais de ser conivente com a destruição do meio ambiente e de contribuir para o descontrole do clima. Deveríamos, ao contrário, transformar nossos biomas em exemplo de conservação para o planeta. Antes que seja tarde demais.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial/coluna/2024/09/leniencia-com-crimes-ambientais-interfere-noclima.ghtml. Acesso em: 14 set. 2024.
Com base na estrutura argumentativa do editorial, conclui-se que o texto
Comentários
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Gabarito estranho por um detalhe: não há "críticas às políticas ambientais" no texto. Pelo contrário: o autor do editorial sai em defesa delas e critica os três poderes pela leniência em não cumpri-las. Isso pode ser observado no trecho "onde tramita uma 'boiada de projetos' enfraquecendo a lei ambiental". Ou seja: ela existe - porém, não é cumprida.
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