O termo destacado a seguir que adjetiva outra palavra ...
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.
TEXTO II
Onde dormem os duendes
[...]
Eu decorei as falas e minha tia Francisca preparou minha roupinha de seda verde. Era uma bermuda bufante, um colete com paetês e uma touca estilo Noel. O ideal era que eu usasse uma sapatilha, mas não fosse por minha tia, o figurino já não teria sido o luxo que foi. Como um bom artista, improvisei o calçado. Peguei meu velho Kichute (essa não é para os mais jovens) e adaptei um acabamento no bico feito em cartolina à moda Alladin.
Ensaios após as aulas e nos fins de semana na casa da professora Aleluia, idealizadora do projeto. O lanche era sempre bom. Éramos todos da mesma classe e o garoto mais bonitinho (segundo as meninas) e inteligente (segundo minhas notas) ficou com o papel de príncipe, ao lado daquela que era minha princesa (não só na peça, mas também em meu coração infantil). Suas roupas foram bem trabalhadas em azul e detalhes em dourado que pareciam reluzir ao lado de meu velho tênis preto. Sua irmã também interpretava algum personagem e estava igualmente bem-vestida. Todos com o figurino muito bonito.
Eles iam para as apresentações de carro, enquanto eu e o amigo Valdemar íamos de ônibus ou a pé. Ainda outro dia encontrei-o em um Subway e ele não lembrou de mim por nada. Diz minha filha que ele deveria ser meu amigo imaginário. Talvez. Afinal, eu era um duende!
Tudo em volta me mostrou que eu não tinha bala para ser o príncipe. Nem corpo, nem notas, nem roupas e muito menos um carro. Acho que foi a primeira vez que entendi o que era diferença de classes. Tudo bem… sem dramas… não sofri bullying. Era só la vie se mostrando irremediavelmente. Ele era o príncipe, ela a princesa e eu o vilão que terminava humilhado, puxado por uma das orelhas e levando um baita sermão.
Deste eu não lembro muito, pois o danado do príncipe fazia questão de ser bem realista ao punir o duende. Por outro lado, não tive como esquecer a outra lição. Vejo-a todos os dias desfilando por nossa cidade.
Nossa turnê passou por várias escolas e fomos aplaudidos de pé, apesar do amadorismo. Dessa época, nem uma foto. Só a lição, mesmo.
VICENTE, Alexandre. Onde dormem os duendes.
Disponível em: <https://bit.ly/2Emov2x>. Acesso em: 5 abr. 2018 (Fragmento adaptado).
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Comentários
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GABARITO: LETRA D
? ?[...] o danado do príncipe fazia questão de ser bem realista ao punir o duende.? ? temos o verbo de ligação "ser" e logo em seguida um adjetivo que caracteriza o sujeito "príncipe", o termo tem função de predicativo do sujeito.
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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Analise comigo..
A) “Ensaios após as aulas e nos fins de semana na casa da professora Aleluia [...]”.
Ao primeiro momento, o aluno pensa: casa da professora= casa substantivo concreto, ligando-se por meio de preposição a um substantivo= adjunto adnominal= termo de função adjetiva. só que perceba que o examinador grifou somente professora. logo, temos um substantivo (a) professora .. veja como isso é recorrente em questões desta banca: Q1102076
B) (os) paetês = tente encaixar um substantivo.
C) apesar do amadorismo.”= o amadorismo = substantivo.
Sucesso, Bons estudos, Não desista!
Não entendi
Macete!
Jogue um "tão" antes da palavra.
A) ... (tão) professora... -> sem sentido.
B) ... (tão) paetês... -> sem sentido.
C) ... (tão) amadorismo... -> sem sentido.
D) ... (tão) realista... -> faz sentido.
gab letra D
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