Quanto é nova a nova história?Quem inventou — ou descobriu —...
Quanto é nova a nova história?
Quem inventou — ou descobriu — a nova história? A expressão é às vezes utilizada para os desenvolvimentos ocorridos nos anos 70 e 80, período em que a reação contra o paradigma tradicional tornou-se mundial, envolvendo historiadores do Japão, da Índia, da América Latina e de vários outros lugares. Os ensaios deste volume focalizam este período em particular. E claro, no entanto, que muitas das mudanças ocorridas na escrita da história nestas duas décadas são parte de uma tendência mais antiga (Peter Burke, 1992).
Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Para muitas pessoas, a nova história está associada a Lucien Febvre e a Marc Bloch, que fundaram a revista Annales em 1929 para divulgar sua abordagem, e na geração seguinte, a Fernand Braudel.
( ) Por mais que lutemos arduamente para evitar os preconceitos associados a cor, credo, classe ou sexo, não podemos evitar olhar o passado de um ponto de vista particular. O relativismo cultural obviamente se aplica, tanto à própria escrita da história, quanto a seus chamados objetos.
( ) O movimento de mudança surgiu a partir de uma percepção difundida da inadequação do paradigma tradicional. Esta percepção da inadequação só pode ser compreendida se olharmos além do âmbito do historiador, para as mudanças no mundo mais amplo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a C.
Vamos entender o tema da questão e como ela aborda o assunto. A questão trata da Nova História, um movimento historiográfico que surgiu como uma reação ao paradigma tradicional da historiografia. Esse movimento é associado principalmente à escola dos Annales, que colocou ênfase em uma abordagem interdisciplinar e na análise de longa duração.
Para responder corretamente à questão, é necessário ter conhecimento sobre a Escola dos Annales, fundada por historiadores como Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929, e sobre Fernand Braudel, que fez parte da geração seguinte e deu continuidade a essa abordagem inovadora.
Abaixo, vamos justificar cada uma das afirmativas:
(V) Para muitas pessoas, a nova história está associada a Lucien Febvre e a Marc Bloch, que fundaram a revista Annales em 1929 para divulgar sua abordagem, e na geração seguinte, a Fernand Braudel.
Justificativa: Essa afirmativa é verdadeira. A revista Annales foi fundamental para a disseminação das ideias da Nova História, e Lucien Febvre e Marc Bloch foram figuras centrais nesse processo, seguidos por Fernand Braudel.
(V) Por mais que lutemos arduamente para evitar os preconceitos associados a cor, credo, classe ou sexo, não podemos evitar olhar o passado de um ponto de vista particular. O relativismo cultural obviamente se aplica, tanto à própria escrita da história, quanto a seus chamados objetos.
Justificativa: Essa afirmativa também é verdadeira. A Nova História reconhece que os historiadores são influenciados por seus contextos culturais e sociais, e que a escrita da história é inevitavelmente parcial e subjetiva. Isso está relacionado ao conceito de relativismo cultural.
(V) O movimento de mudança surgiu a partir de uma percepção difundida da inadequação do paradigma tradicional. Esta percepção da inadequação só pode ser compreendida se olharmos além do âmbito do historiador, para as mudanças no mundo mais amplo.
Justificativa: Mais uma afirmativa verdadeira. A Nova História emergiu como uma resposta às limitações do paradigma tradicional, e essa mudança foi influenciada por transformações sociais, políticas e culturais mais amplas.
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