“Mais de três milhões de anos se passaram até que os primeir...
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Ano: 2012
Banca:
CEPUERJ
Órgão:
CRBio-2ª Região
Prova:
CEPUERJ - 2012 - CRBio-2ª Região - Assistente Administrativo |
Q2799232
Português
Texto associado
Dize-me os teus genes que te direi quem és
No século XX, descobriu-se
que cada célula
do seu corpo carrega uma quantidade enorme
de
informação que define quem você é: qual a
cor dos seus olhos, da pele, dos cabelos,
qual o seu sexo, qual a
sua altura. Esses armazéns de informação
são chamados de "genes" e a parte da
biologia que estuda os
genes é a genética. Ninguém tem exatamente
os mesmos genes, a não ser gêmeos
idênticos.
O interessante é que cada
espécie animal
tem seu código genético, o conjunto de
genes que define as
características da espécie. Nós e os
chimpanzés temos um código genético quase
idêntico: apenas 2% de
diferença! Como eu disse antes, qualquer
semelhança não é mera coincidência: nós
somos geneticamente
muito parecidos com os macacos. Por outro
lado, esses 2% de diferença no código
genético são muito
importantes. Afinal, nós não passamos a
vida trepando em árvores e os macacos não
estudam Biologia.
As mutações que
transformam as
características de uma espécie (tamanho do
pescoço da girafa, por
exemplo) ocorrem nos genes e são causados
por fatores externos, como a
radioatividade de algum mineral
ou uma reação química. Elas são
completamente acidentais e raras vezes são
úteis. Em geral, o ser mutante
morre cedo ou nem chega a nascer. Mas,
quando uma mutação é útil, o animal
mutante sobrevive melhor e
transmite sua informação genética aos
filhotes. Aos poucos, a espécie inteira se
transforma, o que pode
demorar muito tempo. Mais de três milhões
de anos se passaram até que os primeiros
primatas que andavam
sobre duas pernas se transformassem em
seres humanos como nós.
Hoje,
sabemos exatamente onde encontrar a
informação genética das espécies. Uma
grande parte do
nosso código genético já foi estudada e
arquivada num projeto internacional
chamado Genoma Humano.
Essas descobertas irão revolucionar a
medicina do futuro: apoiada em uma nova
ciência – a Engenharia
Genética – ela poderá curar, por meio de
modificações diretas nos genes, muitas
doenças que hoje afligem
milhões de pessoas. O século XXI, o seu
século, será o século da genética, que,
aliada a descobertas na
Física, na Química e na Engenharia, irá
transformar profundamente nossas
vidas.
(GLEISER,
Marcelo in: Livro do Cientista)
“Mais de três milhões de anos se passaram até que os primeiros primatas...”
A expressão em destaque tem, no contexto, valor semântico de: