O tratamento farmacológico indicado é
Caso Clínico 2
Paciente de 65 anos, admitido em unidade de prontoatendimento com quadro de “cansaço” progressivo iniciado há 5 dias. Vinha “acordando com falta de ar e tosse”, porém nesta madrugada nem conseguiu “se deitar”. Refere ser portador de hipertensão arterial em uso de metoprolol 50mg 2x/dia, losartam 50mg 2x/dia e hidroclorotiazida 25mg/dia. Alega ter interrompido essas medicações há 2 semanas, por problemas financeiros.
Ao exame: paciente alerta, com muita dificuldade para falar,
porém colaborativo e obedecendo a comandos.
Expansibilidade torácica simétrica e bilateral, com presença de
tiragem intercostal e de fúrcula. Frequência respiratória de 30
incursões por minuto, estertores crepitantes até ápice à direita
e 2/3 inferiores a esquerda. Saturação periférica de oxigênio
82%. Frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto,
presença de B3. Pressão arterial de 190x100mmHg (sentado).
Distensão jugular venosa evidente a 45 graus. Edema de
membros inferiores bilateral (3+/4+). Trouxe eco da última
consulta (há 2 meses) evidenciando fração de ejeção de 58,9%,
espessura septo 11mm, espessura parede de ventrículo
esquerdo 11mm, massa de ventrículo esquerdo 279g, diâmetro
átrio esquerdo 40mm, predomínio de onda atrial no enchimento
do ventrículo esquerdo, indicando alteração do relaxamento
(disfunção diastólica grau I). Exames colhidos na urgência
evidenciaram: eletrocardiograma em ritmo sinusal, com sinais
de hipertrofia ventricular esquerda; gasometria com pH: 7,59,
pO2: 50mmHg, pCO2: 24mmHg, bicarbonato: 22mEq/L,
bicarbonatos: 22; BNP (peptídeo natriurético do tipo B) =
800pg/mL.