Anderson, 24 anos, apresenta, há 90 dias, episódios de diarr...
• Contagem total = 7.572 células/mm3 (VR* 3.650 - 8.120/mm3 )
• Neutrófilos = 4.220 células/mm3 (VR 1.590 - 4.770/mm3 )
• Eosinófilos = 870 células/mm3 (VR 34 - 420/mm3 )
• Basófilos = 21 células/mm3 (VR 10 - 80/mm3 )
• Linfócitos = 2.180 células/mm3 (VR 1.120 - 2.950/mm3 )
• Monócitos = 302 células/mm3 (VR 260 - 730/mm3)
(*) VR = Valores de referência (podem variar conforme metodologia adotada para contagem).
O quadro clínico acima é mais compatível com
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A alternativa correta é A - helmintose (exemplo, ascaridíase).
Vamos entender por que essa é a resposta correta e discutir as demais alternativas.
O quadro clínico apresentado por Anderson, que inclui diarreia, desconforto abdominal e emagrecimento discreto, aliado ao fato de ele viver em uma região sem saneamento básico, sugere uma infecção parasitária. Além disso, o hemograma mostra uma eosinofilia significativa (870 células/mm3), o que é frequente em infecções por helmintos, como a ascaridíase. Os eosinófilos são glóbulos brancos que aumentam em resposta a infecções parasitárias.
Alternativa A é a mais compatível com os dados fornecidos, pois as características clínicas e laboratoriais são típicas de uma helmintose.
Alternativa B - virose intestinal por rotavírus: Embora as viroses intestinais possam causar diarreia e desconforto abdominal, elas não costumam causar eosinofilia. Normalmente, essas infecções virais causam linfocitose ou neutrofilia.
Alternativa C - infecção bacteriana recorrente: Infecções bacterianas também não causam eosinofilia. Elas geralmente causam elevação dos neutrófilos (neutrofilia), o que não é o caso deste hemograma.
Alternativa D - micose intestinal: As infecções fúngicas intestinais são raras e não se associam com eosinofilia. Elas podem ocorrer em pessoas imunocomprometidas, mas o quadro clínico e o hemograma não sustentam essa hipótese.
Alternativa E - adenocarcinoma colorretal infectado: Apesar de um adenocarcinoma poder causar sintomas abdominais, ele não gera eosinofilia. Esta condição é mais associada a alterações nos níveis de neutrófilos e linfócitos, dependendo da presença de infecção secundária.
Portanto, ao observar os sintomas e os resultados laboratoriais, a eosinofilia é um achado chave que direciona o diagnóstico para uma infecção por helmintos.
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