A insuficiência respiratória na criança pode ser de instalaç...
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Alternativa correta: C - Menor capacidade residual funcional quando medida passivamente
A questão aborda a insuficiência respiratória na criança e os fatores que podem predispor a essa condição. Para resolver essa questão, é necessário entender as particularidades anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório infantil.
A capacidade residual funcional (CRF) é o volume de ar presente nos pulmões no final de uma expiração passiva. Nas crianças, a CRF é menor quando comparada aos adultos, o que significa que elas possuem menos "reserva" de ar nos pulmões após uma expiração normal. Essa característica pode predispor as crianças a situações de insuficiência respiratória, principalmente em condições de doença ou estresse respiratório.
Por que a alternativa C está correta?
A menor capacidade residual funcional (CRF) quando medida passivamente é uma característica observada em crianças. Essa menor CRF limita a quantidade de oxigênio disponível para troca gasosa durante a respiração, aumentando o risco de insuficiência respiratória.
Justificativa das alternativas incorretas:
Alternativa A - Predominância de fibras do tipo I no diafragma da criança: Na realidade, crianças têm uma predominância de fibras do tipo II (fibras de contração rápida) no diafragma. As fibras do tipo I (fibras de contração lenta) são mais resistentes à fadiga e predominam em adultos. Portanto, a predisposição à fadiga diafragmática em crianças é um fator de risco, mas a alternativa apresenta uma informação incorreta.
Alternativa B - Menor volume crítico de fechamento: O volume crítico de fechamento é o ponto em que pequenas vias aéreas começam a colapsar. Nas crianças, esse volume é relativamente maior (não menor) em relação à capacidade pulmonar total, elevando o risco de colapso das vias aéreas. Portanto, a informação da alternativa está incorreta.
Alternativa D - Diminuição da resistência ao fluxo aéreo: Crianças possuem vias aéreas menores, o que resulta em maior resistência ao fluxo aéreo, não em diminuição. A maior resistência ao fluxo aéreo pode predispor a dificuldades respiratórias, mas a alternativa está incorreta ao afirmar que há uma diminuição dessa resistência.
Alternativa E - Menor complacência da caixa torácica: Crianças, na verdade, têm uma maior complacência da caixa torácica, o que significa que suas costelas são mais flexíveis e o tórax é mais "mole". Isso pode levar a um aumento do trabalho respiratório e predispor à insuficiência respiratória, mas a alternativa está incorreta ao afirmar que a complacência é menor.
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As crianças são mais suscetíveis à fadiga respiratória que os adultos porque:
possuem musculatura respiratória menos desenvolvida e FR mais elevada;
possuem ventilação colateral alveolar menos desenvolvida;
têm taxa metabólica alta e desta forma consumo de O2 maior que os adultos;
possuem CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL MENOR e menores reservas de O2 que propiciam maiores taxas chances de desenvolver hipoxemia e hipóxia tissular com maior rapidez.
A ALTERNATIVA CORRETA É: C - Menor capacidade residual funcional quando medida passivamente.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
Alternativa A - Predominância de fibras do tipo I no diafragma da criança
- Incorreta. Em crianças, especialmente recém-nascidos, há uma predominância de fibras do tipo II no diafragma, que são mais susceptíveis à fadiga. As fibras do tipo I, que são resistentes à fadiga, são menos desenvolvidas nessa faixa etária, o que aumenta o risco de insuficiência respiratória, pois o diafragma pode se cansar rapidamente.
Alternativa B - Menor volume crítico de fechamento
- Incorreta. Em crianças, o volume crítico de fechamento é, na verdade, maior, o que significa que as vias aéreas colapsam em volumes pulmonares mais altos em comparação aos adultos. Isso contribui para a hipoxemia, pois ocorre um colapso precoce das vias aéreas.
Alternativa D - Diminuição da resistência ao fluxo aéreo
- Incorreta. Crianças têm, na verdade, uma maior resistência ao fluxo aéreo devido ao menor calibre das vias respiratórias. Isso torna a ventilação mais difícil e é um fator predisponente para a insuficiência respiratória.
Alternativa E - Menor complacência da caixa torácica
- Incorreta. A caixa torácica das crianças tem maior complacência devido à maior flexibilidade da cartilagem costal, o que permite maior deformação. Isso faz com que a criança tenha mais dificuldade em manter volumes pulmonares altos, especialmente durante a insuficiência respiratória.
EM RESUMO: A alternativa correta é a letra C, pois as crianças possuem menor capacidade residual funcional (CRF) quando medida passivamente, o que contribui para a predisposição à insuficiência respiratória. A menor CRF dificulta a manutenção de um adequado volume pulmonar para trocas gasosas eficazes, aumentando o risco de hipoxemia.
PONTOS CHAVE:
- Crianças têm maior complacência torácica e menor resistência à fadiga no diafragma.
- Maior volume crítico de fechamento e maior resistência ao fluxo aéreo aumentam o risco de insuficiência respiratória.
- A menor capacidade residual funcional é um fator crítico que predispõe as crianças à hipoxemia e insuficiência respiratória.
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