Considerando as recomendações em relação ao uso de ventilaçã...
I. Deve-se intubar e ventilar prontamente pacientes com trauma torácico grave, com insuficiência respiratória e contraindicações formais à Ventilação Não Invasiva (VNI). II. Inicialmente, utilizar modo de ventilação tipo assistido-controlada, a volume (VCV) ou à pressão (PCV), no trauma torácico com insuficiência respiratória grave. III. Os parâmetros de ventilação devem ser ajustados inicialmente com volume corrente (VC) 6 ml/kg de peso predito, frequência respiratória entre 16-20 rpm e fração inspirada de oxigênio (FiO2) suficiente para manter a saturação periférica de oxigênio (SpO2) > 92% e pressão positiva expiratória final (PEEP) entre 5 e 10 cmH2O. IV. Nos casos de fístula bronco-pleural de alto débito, utilizar modo VCV que irá compensar o vazamento. V. Nos casos mais graves de fístula bronco-pleural, pode-se usar Ventilação Independente Assíncrona ou não, ventilando-se o pulmão da fístula com modo PCV com Pressão de Distensão < 15cm H2O e PEEP < 15 cmH2O.
Está CORRETO o que se afirma em
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a B - I, II e III, apenas.
Vamos analisar cada uma das afirmativas para entender por que a alternativa B está correta:
I. Intubação e ventilação em trauma torácico grave: Essa afirmativa está correta. Quando um paciente apresenta trauma torácico grave, associado a insuficiência respiratória e contraindicações à Ventilação Não Invasiva (VNI), é recomendável proceder com a intubação e ventilação mecânica invasiva. Isso garante uma via aérea segura e otimiza a troca gasosa em casos críticos.
II. Uso de modos assistido-controlados: Também correta. Em situações de insuficiência respiratória grave no trauma torácico, iniciar ventilação mecânica com modos assistido-controlados, seja a volume (VCV) ou à pressão (PCV), é uma prática comum. Esses modos ajudam a controlar a ventilação do paciente de maneira eficaz, ajustando o suporte conforme as necessidades respiratórias.
III. Ajuste de parâmetros ventilatórios: Correta. Os parâmetros sugeridos (VC de 6 ml/kg de peso predito, frequência respiratória entre 16-20 rpm, FiO₂ para manter SpO₂ > 92% e PEEP entre 5 e 10 cmH₂O) seguem as recomendações para otimizar a ventilação em pacientes com traumas, minimizando o risco de barotrauma e hiperventilação.
IV. Modo VCV em fístula bronco-pleural: Incorreta. O uso do modo VCV para compensar vazamentos em casos de fístula bronco-pleural de alto débito não é ideal. Esse modo pode exacerbar a situação, pois o vazamento de ar não será controlado adequadamente, podendo levar a complicações.
V. Ventilação Independente em fístula grave: Essa afirmativa também está incorreta para o contexto geral da questão. Embora a Ventilação Independente possa ser considerada em fístulas graves, seu uso é específico e não é uma prática padrão inicial, sendo mais complexa e dependente de recursos adicionais e experiência clínica.
Em conclusão, as afirmativas I, II e III estão corretas, o que confirma que a alternativa B é a escolha certa. As afirmativas IV e V contêm informações que não são adequadas ou são excessivamente específicas para os cenários mais comuns de trauma torácico com ventilação mecânica invasiva.
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IV. Nos casos de fístula bronco-pleural de alto débito, utilizar modo VCV que irá compensar o vazamento.
Comentário: Nos casos de fístula broncopleural de alto débito, utilizar modo PCV, que compensará o vazamento
V. Nos casos mais graves de fístula bronco-pleural, pode-se usar Ventilação Independente Assíncrona ou não, ventilando-se o pulmão da fístula com modo PCV com Pressão de Distensão < 15cm H2O e PEEP < 15 cmH2O.
Comentário: Nos casos mais graves, pode-se usar ventilação independente assíncrona ou não, ventilando-se o pulmão da fístula com modo PCV com pressão de distensão <15cmH2 O e PEEP mais baixos. (<10cmH2 O). (Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte 2)
Gabarito B
Segundo as Diretrizes, a FR é 12 a 16 e a FIO2 necessária para manter acima de 93% por isso considerei a III errada
A alternativa correta é: B. I, II e III, apenas.
Justificativa:
I. Deve-se intubar e ventilar prontamente pacientes com trauma torácico grave, com insuficiência respiratória e contraindicações formais à Ventilação Não Invasiva (VNI): Correta. Quando há trauma torácico grave com insuficiência respiratória e contra-indicações à VNI, a intubação e ventilação mecânica invasiva devem ser feitas prontamente para garantir a oxigenação e ventilação adequadas.
II. Inicialmente, utilizar modo de ventilação tipo assistido-controlada, a volume (VCV) ou à pressão (PCV), no trauma torácico com insuficiência respiratória grave: Correta. A ventilação assistida-controlada nos modos VCV ou PCV é comum no trauma torácico com insuficiência respiratória grave, pois permite controle adequado da ventilação e otimização do suporte respiratório.
III. Os parâmetros de ventilação devem ser ajustados inicialmente com volume corrente (VC) 6 ml/kg de peso predito, frequência respiratória entre 16-20 rpm e fração inspirada de oxigênio (FiO2) suficiente para manter a saturação periférica de oxigênio (SpO2) > 92% e pressão positiva expiratória final (PEEP) entre 5 e 10 cmH2O: Correta. Esses parâmetros de ventilação são indicados para pacientes com trauma torácico e insuficiência respiratória grave, visando otimizar a ventilação, a oxigenação e evitar complicações.
IV. Nos casos de fístula bronco-pleural de alto débito, utilizar modo VCV que irá compensar o vazamento: Incorreta. Em casos de fístula bronco-pleural de alto débito, o modo VCV pode não ser o mais indicado, pois o volume corrente constante pode não compensar adequadamente o vazamento. O controle da pressão no modo PCV pode ser mais eficaz.
V. Nos casos mais graves de fístula bronco-pleural, pode-se usar Ventilação Independente Assíncrona ou não, ventilando-se o pulmão da fístula com modo PCV com Pressão de Distensão < 15cm H2O e PEEP < 15 cmH2O: Incorreta. A ventilação com Pressão de Distensão muito baixa e PEEP abaixo de 15 cmH2O pode não ser suficiente para lidar com a gravidade do quadro da fístula bronco-pleural. Pode-se usar ventilação controlada com cuidados específicos para reduzir os danos ao pulmão afetado.
Pontos chave:
- A ventilação mecânica invasiva é fundamental no trauma torácico grave com insuficiência respiratória, especialmente quando há contraindicações à VNI.
- O uso de modos de ventilação assistido-controlada é comum, e os parâmetros devem ser ajustados para otimizar a ventilação e a oxigenação.
- O manejo da fístula bronco-pleural exige abordagens cuidadosas, mas a ventilação com volume constante pode não ser a melhor escolha em casos graves.
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