[...] Operário não pode sonhar, Quinzinho, não ...

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Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida. [...]

A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte. Já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escravizava e que tu amavas.

Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão de idealizar, construir.

[...]

VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87.


De acordo com as ideias retratadas no texto, dadas as afirmativas,

I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador.

II. Mesmo diante da morte, o narrador afirma a crença em um futuro potencialmente melhor.

III. O narrador acredita que haverá um momento em que essa relação será invertida e os seres humanos conseguirão libertar-se da posição servil em que se encontram.


verifica-se que está(ão) correta(s)

Alternativas

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Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida. [...]

A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte. Já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escravizava e que tu amavas. (I)

Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras (II). E haverá a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão de idealizar, construir(III).

[...]

VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87.

De acordo com as ideias retratadas no texto, dadas as afirmativas,

I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador.

II. Mesmo diante da morte, o narrador afirma a crença em um futuro potencialmente melhor.

III. O narrador acredita que haverá um momento em que essa relação será invertida e os seres humanos conseguirão libertar-se da posição servil em que se encontram.

Gab: E

Achei a afirmativa III muito estranha, porque o trecho do texto diz"E HAVERÁ A QUEM AS MÁQUINAS NÃO DESPEDAÇARÃO".. (ou seja, não são todos os seres humanos, mas alguns).[...] "Pois as máquinas serão escravas DELES" (deles quem? desses poucos homens a quem as máquinas não despedaçarão).

Aí, a alternativa III traz: O narrador acredita que haverá um momento em que essa relação será invertida e OS SERES HUMANOS conseguirão libertar-se da posição servil em que se encontram. (Não sei vcs, mas essa afirmação aí deu a entender uma ideia de todos).

Creio que essa alternativa tenha generalizado os sujeitos qualificadamente percebidos como os poucos a quem as máquinas não poderão despedaçar e até mesmo a utopia que o amigo refleti diante das provocações insurgidas pela morte do outro, seu amigo operário)...

então achei que fosse uma armadilha e de repente até que é né?Em fim, errei a questão.

Creio que na alternativa III ele generaliza sobre todos os seres humanos, sendo que, na minha interpretação, entendi que só os operários estavam em uma posição servil. Enfim, errei.

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