As variações linguísticas presentes no texto em questão se ...
Leia o fragmento a seguir, de autoria de Fontes Ibiapina.
[...]
- O que foi?!!!
- Ou essa cabrichola não dança, ou ninguém mais arrasta os pés aqui hoje.
- Que cabrichola?!
- A Margarida de Pedro Antônio. Ela mesma.
- Aí, meu velho, é onde a porca torce o rabo, se não for bicó. Paciência!.., Quem manda em minha filha sou eu, a mãe dela e mais ninguém em cima do chão.
[...]
(IBIAPINA, Fontes. Vida gemida em Sambambaia. 2. ed. Teresina: Corisco, 1998. p. 100).
As variações linguísticas presentes no texto
em questão se dão por razões
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✅ Gabarito: B
➥ Temos a presença de variação diatópica ou geográfica, são variações que ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, sofrendo sua influência. Este tipo de variação ocorre porque diferentes regiões têm diferentes culturas, com diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim diferentes estruturas linguísticas.
➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
GABARITO: LETRA B
⇒ O que é variação linguística?
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação.
→ Variedade regional
São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões do país, diferentes estado e cidades.
→ Variedades sociais
São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático.
Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de “problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”.
Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”.
→ Variedades estilísticas (diafásicas)
São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode variar entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal.
Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma palestra, um congresso, uma reunião empresarial, etc.
Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como reuniões familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial.
Gíria ou Jargão: É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionado à linguagem de grupos profissionais (professores, médicos, advogados, etc.)
→ Variações históricas (diacrônicas)
As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo. Algumas expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se transformaram com a ação do tempo.
Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê
→ Variações geográficas (diatópicas)
As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devido à região. Essas diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasileiro, um angolano e um português conversando: nos três países, fala-se português, mas há diferenças imensas entre cada fala.
→ Variações sociais (diastráticas)
As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falante. Embora tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no caso da variação social, a gíria está mais ligada à faixa etária do falante, sendo tida como linguagem informal dos mais jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos mais novos).
BRASIL ESCOLA E MUNDO EDUCAÇÃO.
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