Na minha infância, na Índia, a tecnologia me fas...
Na minha infância, na Índia, a tecnologia me fascinava. Cada invenção nova mudava a vida de minha família de maneiras significativas. O telefone nos permitia economizar idas ao hospital para receber resultados de exames. O refrigerador queria dizer que podíamos economizar tempo no preparo de refeições, e a televisão nos permitia ver as notícias internacionais e os jogos de críquete que só podíamos imaginar quando ouvíamos o rádio de ondas curtas.
Agora, é meu privilégio ajudar a dar forma a novas tecnologias que, esperamos, virão a mudar as vidas de pessoas em toda parte. Uma das mais promissoras é a inteligência artificial (IA): só este mês, tivemos três exemplos concretos de como a Alphabet e o Google estão aproveitando o potencial da inteligência artificial.
A revista Nature publicou pesquisas nossas que demonstram que um modelo de inteligência artificial pode ajudar médicos a detectar câncer de mama em mamografias com maior precisão; estamos usando a inteligência artificial para realizar previsões de tempo imediatas e hiperlocalizadas quanto a chuvas, com mais rapidez e precisão do que os modelos existentes, como parte de um conjunto mais amplo de ferramentas para combater a mudança do clima; e o Lutfthansa Group está trabalhando com nossa divisão de computação em nuvem para testar o uso da inteligência artificial a fim de ajudar a reduzir os atrasos em voos.
No entanto, a história está repleta de exemplos de que as virtudes da tecnologia nem sempre estão garantidas. Os motores de combustão interna permitiram que as pessoas se deslocassem para além de suas áreas, mas também causaram mais acidentes. A internet tornou possível que todos se conectassem a todos, e que informações fossem obtidas de qualquer parte, mas também facilitou a difusão de desinformações.
Essas lições nos ensinam que precisamos encarar com clareza as coisas que podem dar errado. Existem preocupações reais sobre as potenciais consequências negativas da inteligência artificial, dos deepfakes a usos nefários de sistemas de reconhecimento facial. Embora já haja algum trabalho em curso para tratar dessas preocupações, inevitavelmente surgirão novos desafios e nenhuma companhia ou setor será capaz de resolve-los sem ajuda. (...)
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/tec/2020/01/por-que-o-google-acredita-que-precisamos-regular-a-inteligencia-artificial.shtml. Acesso em: 20 jan. 2020. (Fragmento)
De acordo com o texto acima, assinale a alternativa em que o trecho transcrito objetiva contrapor-se ao trecho anterior, fazendo com que a força do argumento recaia sobre o próprio trecho transcrito.