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Q1071973 Português

           POR QUE HOJE EM DIA ABANDONAMOS TANTOS PROJETOS DE VIDA?

                                                                                                            DÊNIS ATHANÁZIO


      Alguma vez você já contabilizou ou avaliou o número de projetos pessoais que abandonou durante a vida? Por que é que temos tanta dificuldade em manter relacionamentos e afetos, terminar e fechar o “ciclo” de cursos e estudos que nós mesmos escolhemos? Tudo a nossa volta perde o brilho muito rápido onde vivemos a todo tempo, entre a rápida euforia e o tédio. Se essa realidade tivesse uma cor, pra mim seria cinza.

      É claro que existem projetos que temos que abandonar devido aos infortúnios contingenciais ligados às diversas realidades psíquicas, sociais ou familiares incontroláveis que fazem parte da nossa existência. Comumente tais realidades diminuem nossa humanidade e geram uma espécie de dor sem sentido, daquelas que não precisaríamos passar. Refletindo sobre a minha história, suspeito de possíveis dificuldades que temos e que levam a essa inconstância desenfreada.

      Uma delas diz respeito à forma como nossa sociedade atual e grandemente excludente se apresenta e funciona, da qual não conseguimos fugir, em que quase tudo é líquido, e a mudança é tão rápida que, quando percebemos, ela já mudou de novo. E, quando se vê, nossos projetos e planos iniciais já foram substituídos sem nem termos chegado à metade do caminho que havíamos planejado. É dessa fonte que nasce aquela sensação de estarmos perdidos.

      A segunda é a extrema dificuldade que hoje em dia temos em lidar com as nossas frustrações diárias. Parece-me que o tempo todo nos é dito que temos que fazer apenas as coisas que amamos e que nos dão prazer imediato, mas quem é minimamente responsável e maduro sabe que essa tarefa é impossível. Seja qual for a sua escolha de vida, quase tudo tem um lado chato e quase desanimador, mas que é necessário realizá-lo. Quando escolhemos não fazê-lo, podemos parar e não terminar o que começamos.

      E por último e não raramente, para não fechar determinados ciclos, nos boicotamos inconscientemente, procrastinando ou abandonando nossos sonhos pelo temor neurótico de não darmos conta do que escolhemos, agora que somos socialmente e legalmente autorizados a fazê-lo.

      Essa sociedade (que não podemos esquecer que somos todos nós) não permite falhas, exige padrões e adaptações inalcançáveis de vida. Temos que refletir sobre esse nosso autoboicote e talvez conseguiremos manter ou terminar o que começamos e nos propusemos a realizar. Pois, do contrário, ficaremos “sentados no sofá” sempre com o conflito interno do “poderia ser” ou “poderia dar certo” e com o conformismo que “nos protege” da frustração das coisas que podem dar errado no caminho.

      Arrisco-me a pensar que, mesmo em outra época, Martin Luther King estava passando por essa mesma crise que enfrentamos hoje ao corajosamente escrever: “É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver”.


Retirado e adaptado de <http://obviousmag.org/denis_athanazio/2017/por-que-hoje-em-dia-abandonamos-tantos-projetos-de-vida.html#ixzz5B037ZeOv> .

Assinale a alternativa que apresenta exemplo e justificativa adequados quanto à classe de palavras a que pertencem, bem como sua função no contexto da frase.
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa Correta: D

A alternativa correta é a alternativa D. Vamos entender o porquê dessa escolha e analisar as demais alternativas:

Alternativa D: Em “E por último e não raramente, para não fechar determinados ciclos, nos boicotamos inconscientemente, procrastinando ou abandonando nossos sonhos pelo temor neurótico de não darmos conta do que escolhemos, agora que somos socialmente e legalmente autorizados a fazê-lo”, a palavra destacada funciona como um advérbio que modifica o verbo “boicotar” no contexto da frase.

A palavra inconscientemente é um advérbio de modo, pois indica a maneira como a ação de boicotar é realizada. Advérbios são palavras invariáveis que modificam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, trazendo informações de tempo, modo, lugar, intensidade, entre outros.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: Em “Alguma vez você já contabilizou ou avaliou o número de projetos pessoais que abandonou durante a vida?”, a palavra destacada não é uma preposição. Na verdade, ou é uma conjunção coordenativa alternativa, que liga orações ou termos de mesma função, indicando alternância.

Alternativa B: Em “Tudo a nossa volta perde o brilho muito rápido onde vivemos a todo tempo [...]”, os termos destacados não são pronomes. Na verdade, a é um artigo definido feminino singular que acompanha e define o substantivo “volta”, enquanto o é um artigo definido masculino singular que acompanha e define o substantivo “brilho”. Artigos determinam os substantivos e indicam o gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural).

Alternativa C: Em “Refletindo sobre a minha história, suspeito de possíveis dificuldades que temos e que levam a essa inconstância desenfreada”, a palavra em destaque não é um substantivo. Suspeito é um verbo na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, e não um substantivo. Verbos indicam ações, estados ou fenômenos.

Alternativa E: Em “Por que é que temos tanta dificuldade em manter relacionamentos e afetos, terminar e fechar o “ciclo” de cursos e estudos que nós mesmos escolhemos?”, a palavra destacada não é uma conjunção condicional. Na realidade, de é uma preposição que indica relação de posse ou origem. Preposições são palavras invariáveis que ligam termos na oração, estabelecendo relação entre eles.

Entendendo a função de cada classe de palavra, conseguimos verificar como elas se comportam dentro do contexto das frases.

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Comentários

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GABARITO: LETRA D

? Faltaram destaques, até o dia de hoje em que faço a questão, vou marcá-los:

A) Em ?Alguma vez você já contabilizou ou avaliou o número de projetos pessoais que abandonou durante a vida??, a palavra destacada é uma preposição que indica a relação de dependência entre os termos que a antecedem e a sucedem. ? incorreto, é uma conjunção coordenativa alternativa.

B) Em ?Tudo a nossa volta perde o brilho muito rápido onde vivemos a todo tempo [...]? os termos destacados são pronomes que caracterizam ?nossa volta? e ?brilho?. ? incorreto, são respectivamente: preposição e artigo definido.

C) Em ?Refletindo sobre a minha história, suspeito de possíveis dificuldades que temos e que levam a essa inconstância desenfreada?, a palavra em destaque é um substantivo que caracteriza o sujeito da frase. ? incorreto, é um verbo conjugado no presente do indicativo do verbo "suspeitar", sendo que o sujeito está oculto (eu suspeito).

D) Em ?E por último e não raramente, para não fechar determinados ciclos, nos boicotamos inconscientemente, procrastinando ou abandonando nossos sonhos pelo temor neurótico de não darmos conta do que escolhemos, agora que somos socialmente e legalmente autorizados a fazê-lo?, a palavra destacada funciona como um advérbio que modifica o verbo ?boicotar? no contexto da frase. ? correto, advérbio de modo que modifica o verbo "boicotar".

E)Em ?Por que é que temos tanta dificuldade em manter relacionamentos e afetos, terminar e fechar o ?ciclo? de cursos e estudos que nós mesmos escolhemos??, a palavra destacada é uma conjunção condicional, pois relaciona os dois termos que a contextualizam, ?ciclo? e ?cursos?. ? incorreto, é uma preposição.

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FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

E por último e não raramente, para não fechar determinados ciclos, nos boicotamos inconscientemente, procrastinando ou abandonando nossos sonhos pelo temor neurótico de não darmos conta do que escolhemos, agora que somos socialmente e legalmente autorizados a fazê-lo”, a palavra destacada funciona como um advérbio que modifica o verbo “boicotar” no contexto da frase.

O advérbio inconscientemente está caracterizando a forma que boicotamos que foi inconscientemente.

Obs...O advérbio muda o sentido do verbo, adjetivo e do advérbio, funcionando com adjunto adverbial na sintaxe.

GABARITO. D

a- conjunção alternativa

b- a- preposicao

c- verbo

d- ok

Estou refazendo as questões que errei, essa por exemplo foi em janeiro, não me perguntem como, na primeira vez, marquei a letra C

só eu que nao vi nada destacado em algumas opções ?

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