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Q3281028 Português
Texto 01


Prometer menos, viver mais



         [...] Há muitos anos – talvez desde garota – eu gosto de aproveitar esses dias finais para relembrar o que foi vivido nos últimos 365 dias (em 2024, 366!) e, especialmente, para traçar minhas metas e objetivos para o ano seguinte.
           Essa lista costumava ser enorme: eu inconscientemente acreditava que, na virada do ano, seria abastecida de toda a energia necessária para mudar hábitos e construir o estilo de vida que eu tanto desejava, além de achar que aqueles sonhos todos poderiam se realizar (nem com passe de mágica…). Minha lista tinha metas irreais, audaciosas e acabava sempre por gerar frustração. Afinal, por mais que eu desejasse mudar muitas coisas na minha vida e concretizar tantos planos, talvez a lista contemplasse coisas demais.
        Nos últimos tempos, notei que minhas resoluções ficaram menores. Pensei, com um certo ar de preocupação: “será que estou menos entusiasta de mim mesma?”. Mas talvez seja só um olhar mais maduro sobre o que, de fato, damos conta de fazer. Não que eu ainda não tenha desejos grandiosos ou sonhos que demandem toda a energia de renovação, mas sim que talvez eu esteja mais apaziguada de que nem sempre damos conta de realizar tudo aquilo que intencionamos – e isso não é sinal nenhum de fracasso…
        Afinal de contas, a vida não é o que a gente planeja. A vida é o que a gente vive. E, honestamente, por mais assustador que isso possa parecer para algumas pessoas, temos muito pouco controle sobre os acontecimentos. Daí, planejar é um ótimo start para nossas realizações, mas não garante que tudo aquilo sairá do papel. Menos ainda conforme o planejado.
        Por isso, para 2025, eu quero desejar poucas coisas. Mas talvez as mais importantes para o meu momento. Cuidar do meu corpo em sua integralidade – entendendo que parte física e mental caminham juntas – e de forma amorosa. Respeitar os meus próprios limites para não viver uma vida ansiosa e sobrecarregada. Me preocupar menos com o que não está em minhas mãos. Dançar conforme a música – porque, quando a gente não aceita o que se apresenta, tudo fica mais difícil. E olhar para o mundo com olhos de encantamento, celebrando o privilégio de estar aqui (mesmo se nada tão grandioso assim me acontecer). Enfim, prometer menos, viver mais.


Fonte: ZANELATO, Débora. Prometer menos, viver mais. Disponível em: vidasimples.co/colunista/quero-prometer-menos-e-viver-mais/. Acesso em: 19 fev. 2025. Adaptado.
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