No texto, “estafeta” refere-se à profissão de “entregador a ...
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Texto 1
Veiga Valle (1806-1874) como possibilidade de um estudo de história regional - Uma comparação da divulgação do “santeiro goiano” e o silenciamento de Octo Marques
Octo Outorino Marques nasceu na Cidade de Goiás, em 1915. Descendente de afro-brasileiro, ele foi pintor, desenhista, xilografista, cenógrafo, gravador, ceramista, jornalista, escritor e funcionário público.
O artista teve como primeiro professor um ex-presidiário (Pedro), que lhe ensinou desenho a partir do carvão e giz. No Colégio Sant´Anna, da antiga capital goiana, aprendeu, com as freiras dominicanas, a desenhar e a pintar em almofadas utilizando areia. Na mesma época, teve outro professor (Martiniano), estafeta dos Correios e Telégrafos, que lhe ensinou a técnica de bico-de-pena, nanquim e guache.
Octo Marques mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1934, e logo depois para São Paulo, locais em que escreveu para importantes jornais e revistas. Em 1938, retornou para a Cidade de Goiás, sendo um dos fundadores e escritores do Jornal Cidade de Goiás. Após seu retorno, pintou painéis na cidade e vizinhança e iniciou sua participação em exposições coletivas e individuais. Nas décadas de 1940 e 1950, foi tido como uma promessa da arte goiana, e, mesmo participando de vários movimentos artísticos, não foi protagonista em nenhum deles.
Frequentemente, sua arte representava o cotidiano da antiga capital, mostrando as festas na zona rural, os trabalhadores na cidade, a arquitetura e a paisagem. Por isso, sua obra pode ser considerada primitiva, pela simplicidade e escolha dos temas. Até sua morte em 1988, continuou pintando a cidade e o seu cotidiano, mas sem receber grande destaque. Ele morreu pobre e esquecido, e o silêncio sobre ele ainda permanece.
SANTOS, Fernando M. dos. Disponível em: <https://www.snh2021.anpuh.org/resources/anais/8/snh2021/1628279133_ARQUIVO_61812e558c31be39a7dfb21595d588df.pdf>. Acesso em: 21 mai. 2023.
No texto, “estafeta” refere-se à profissão de “entregador a cavalo de cartas e telegramas a longas distâncias”. Trata-se, portanto, de um exemplo de variação linguística