A autora Sposati, em sua ...
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A "matriz do engodo" e a "hipótese da conquista" são conceitos desenvolvidos por Aldaíza Sposati, uma das principais referências no Serviço Social brasileiro, especialmente em relação à política de assistência social.
Esses conceitos aparecem nos estudos de Sposati sobre o processo histórico da assistência social no Brasil, principalmente na análise crítica sobre como a assistência foi (e muitas vezes ainda é) utilizada no jogo político e social. Vamos entender cada um:
1. Matriz do Engodo
A "matriz do engodo" refere-se à lógica histórica de manipulação da assistência social, em que benefícios e serviços são usados como forma de dominação e controle social, e não como um direito social.
A assistência é oferecida como favor, caridade ou troca de apoio político, especialmente nos contextos de clientelismo.
É um "engodo" porque simula a ajuda, mas não emancipa, nem garante a cidadania efetiva.
Esse modelo é perpetuado por práticas assistencialistas e pela ausência de políticas públicas estruturadas, especialmente antes da Constituição de 1988.
2. Hipótese da Conquista
A "hipótese da conquista" é o contraponto crítico à matriz do engodo. Sposati propõe que a assistência social pode se tornar uma política pública de direito, fruto da luta social, da organização da sociedade civil e da pressão política.
Ou seja, ela defende que é possível "conquistar" a assistência como direito, por meio da mobilização e da consolidação de um Estado democrático.
Essa hipótese fundamenta a construção da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e do SUAS (Sistema Único de Assistência.
Gab. C
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