A revolução de 1930 introduziu mudanças políticas, econômica...

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Q359353 História
A revolução de 1930 introduziu mudanças políticas, econômicas, sociais e na política externa. A respeito dessas mudanças, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Sem ruptura com a política que vinha sendo implementada, a política externa do governo revolucionário caracterizou-se pelo protagonismo no plano regional e pela centralidade do relacionamento com os EUA.
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A alternativa correta para essa questão é C - certo. Vamos entender o porquê:

A Revolução de 1930 realmente não promoveu uma ruptura completa com a política externa que vinha sendo implementada anteriormente, mas sim uma continuidade com adaptações aos novos contextos políticos e econômicos da época. O Brasil manteve um destaque no cenário regional e buscou estreitar as relações com os Estados Unidos, o que era estratégico para o país naquele momento. Assim, a política externa brasileira dessa época pode ser compreendida pelo seu protagonismo no plano regional e pela centralidade do relacionamento com os EUA, consolidando parcerias e buscando apoio para o desenvolvimento interno.

Portanto, a afirmação de que não houve ruptura e que houve um protagonismo regional e uma relação central com os EUA é correta, justificando a escolha da alternativa C.

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Comentários

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Os professores Amado Cervo e Clodoaldo Bueno enfatizam, em "História da Política Exterior do Brasil", que o Governo Provisório não promoveu mudanças significativas em relação ao período anterior e, ao se fazer uma análise dos destaques em matéria exterior dos primeiros anos seguintes à revolução, apesar dos professores não dizerem isto claramente, percebe-se o protagonismo do Brasil no plano regional por ter atuado de maneira conciliatória em diversos casos de litígios entre países da América do Sul.

"O Governo Provisório instalado no Brasil, em novembro de 1930, não teve problemas para ser reconhecido internacionalmente, até mesmo porque garantiu o cumprimento de todos os compromissos internacionais assumidos pelo país. As relações com os Estados Unidos não foram afetadas na sua essência (...).


O novo chanceler, Afrânio de Melo Franco, político e diplomata mineiro, experiente até mesmo na Liga das Nações, ficou no posto até 1933 e não promoveu significativas alterações de rumos na política exterior que o Brasil vinha desenvolvendo. (...)

No contexto regional, adotou-se uma atitude de prestígio do pan-americanismo, que seria observada também no Estado Novo, quando do alinhamento aos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Outra característica da atuação brasileira na área americana foi a conciliação. Em 1930, Afrânio de Melo Franco ofereceu, com sucesso, os bons ofícios para o reatamento das relações diplomáticas entre Peru e Uruguai. Na questão de Letícia, entre Peru e Colômbia; e na Guerra do Chaco, entre Bolívia e Paraguai, a diplomacia brasileira desempenhou também papel conciliador. Cumpre ainda registrar a manutenção da tradição republicana ao se fazer representar nas Conferências Internacionais Americanas.” (p. 253)


Eu me baseei no conceito da Política Pendular de Vargas, ora se aproximando dos alemães, ora dos EUA... mas isso só ocorre mais próximo à Segunda Guerra. A questão se refere ao período da Revolução ainda nos anos 30... e como o W. Wilson trouxe a info do Amado Cervo, o Governo Provisório não muda nessa época.

Acredito ser isto:

1930 - 1934: Governo Provisório - manutenção da polítca externa e centralidade com os EUA.

1934 - 1937: Governo Constitucional - Equidistância Pragmática (não se trata de pendular, haja vista a simultaneidade da aproximação com EUA e Alemanha) 

1937; 1939- 1945: Estado Novo - Retorna ao alinhamento com os EUA contra os países do eixo na Segunda Guerra Mundial.

 

Corrijam-me caso esteja equivocado. 

 

Mesmo se vago o que a banca entendeu por "governo revolucionário", de 30 até a Constituição ou toda a era Vargas, é importante lembrar que, mesmo durante o período da equidistância pragmática, a centralidade ainda estava nos EUA. A barganha entre a Alemanha e os EUA foi também uma maneira encontrara para se ter mais espaço para negociação com os norte-americanos. Nesse sentido, a centralidade da PEB, sim, manteve-se no relacionamento com os EUA.

PROTESTANTE

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