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Ano: 2020 Banca: IADES Órgão: SES-DF Prova: IADES - 2020 - SES-DF - Hepatologia |
Q1673808 Medicina
Determinada paciente de 25 anos de idade, em uso de diclofenaco há quatro dias em razão de cólicas menstruais, é admitida em pronto-socorro por queixa de melena. Ao exame físico, encontra-se em regular estado geral, hipocorada +/4+, com FC = 110 bpm, FR = 20 irpm, SatO2 = 95% em ar ambiente e PA = 105 mmHg x 70 mmHg. Ela, então, foi levada para a unidade de cuidados intensivos onde, após estabilização clínica, foi submetida a videoendoscopia digestiva alta que constatou moderada quantidade de coágulos em câmara gástrica; lesão ulcerada de bordos regulares e planos medindo cerca de 7 mm, localizada em parede anterior de região prépilórica, fundo parcialmente recoberto por coágulo, em que se observa também coto vascular, sem sangramento ativo no momento. O médico endoscopista optou pela realização de hemostasia endoscópica com injeção de epinefrina e aplicação de clipes hemostáticos.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
Em casos de ressangramento, quando há falha na segunda abordagem endoscópica, deve-se considerar a possibilidade de terapia cirúrgica ou de embolização por angiografia.
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Alternativa correta: C - certo

No contexto da questão apresentada, o tema central é a gestão de hemorragia gastrointestinal, especificamente relacionada ao uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e a consequente formação de úlceras pépticas que podem sangrar. Entender as complicações e o manejo das úlceras é essencial para resolver a questão.

Nesse cenário, a paciente desenvolveu uma condição chamada melena (fezes escuras devido à presença de sangue digerido), associada ao uso de diclofenaco, um AINE. Estas drogas podem causar lesões na mucosa gástrica, levando a ulcerações e sangramentos. A identificação e o tratamento precoce dessas úlceras são cruciais para evitar complicações mais graves.

Após a videoendoscopia digestiva alta, foi realizada uma hemostasia endoscópica, que é uma técnica utilizada para controlar o sangramento através do uso de epinefrina e clipes hemostáticos. Essa abordagem visa estabilizar o paciente e prevenir o ressangramento.

A questão aborda especificamente o manejo em caso de ressangramento. Quando a abordagem endoscópica inicial falha, é fundamental considerar outras opções de tratamento. Daí, a afirmação de que se deve considerar a possibilidade de terapia cirúrgica ou de embolização por angiografia em caso de falha na segunda abordagem endoscópica está correta.

Justificativa para a alternativa correta: A alternativa C está correta porque, em situações de ressangramento, quando a hemostasia endoscópica não é eficaz após uma segunda tentativa, é adequado considerar intervenções mais invasivas, como a cirurgia ou a embolização por angiografia. Ambas são estratégias reconhecidas para controlar sangramentos gastrointestinais persistentes ou recorrentes.

Por que a alternativa "E - errado" está incorreta? A alternativa estaria incorreta se sugerisse que não se deve considerar outras opções após a falha de duas intervenções endoscópicas ou se propusesse uma abordagem que não seja aceita na prática clínica, como continuar apenas com tratamento conservador sem considerar intervenções mais agressivas.

Compreender as diferentes etapas de manejo de uma hemorragia gastrointestinal, especialmente em casos de falhas nas metodologias menos invasivas, é crucial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento da paciente.

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A afirmação está correta. Em casos de ressangramento após a primeira abordagem endoscópica, a segunda abordagem é indicada. No entanto, se houver falha na segunda abordagem, deve-se considerar outras opções terapêuticas, como a terapia cirúrgica ou a embolização por angiografia. Isso ocorre porque a hemostasia endoscópica pode não ser suficiente para controlar o sangramento em alguns casos. A escolha do tratamento dependerá da gravidade do sangramento e da condição clínica do paciente.

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