“Sacudindo a cabeça com DIVERTIDA resignação (...)” O term...
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Q2036446
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O ZELADOR DO LABIRINTO
Tem também a história do zelador do labirinto.
Todos os dias ele saía de casa cedo, com sua
marmita, e entrava no labirinto. Seu trabalho era
percorrertodo o labirinto, inspecionando as paredes e
o chão, vendo onde precisava um retoque, talvez uma
mão de tinta, etc.
Era um homem metódico. Pela manhã, fazia a
ronda do labirinto, anotando tudo que havia para ser
consertado, depois saía do labirinto, almoçava,
descansava um pouquinho, e entrava de novo no
labirinto, agora com o material que necessitaria para
seu trabalho. Quando não havia nada para ser
consertado, ele apenas varria todo o labirinto e, ao
anoitecer, ia para casa. Um dia, enquanto fazia a sua
ronda, o zelador encontrou um grupo de pessoas
apavoradas. Queriam saber como sair dali. O zelador
não entendeu bem.
- Como, sair?
- Asaída! Onde fica a saída?
- É por ali - apontou o zelador, achando estranha
a agitação do grupo.
Mais tarde, no mesmo dia, enquanto varria um
dos corredores, o zelador encontrou o mesmo grupo.
Não tinham encontrado a saída. Estavam ainda mais
apavorados. Alguns choravam. Alguém precisava
lhes mostrar a saída! Com uma certa impaciência, o
zelador começou a dar a direção. Era fácil.
- Saiam por ali e virem à esquerda. Depois à
direita, depois à esquerda outra vez, direita, direita,
esquerda .... - Espere! - gritou alguém. - Ponha isso
num papel.
Sacudindo a cabeça com divertida resignação, o
zelador pegou seu caderno de notas e toco de lápis e
começou a escrever.
- Deixa eu ver. Esquerda, direita, esquerda,
esquerda...
Hesitou.
- Não, direita. É isso. Direita, direita, esquerda...
Ou direita outra vez?
O zelador atirou o papel e o lápis no chão como se
estivesse pegando fogo. Saiu correndo, com todo o
grupo atrás. Também estava apavorado. Aquilo era
terrível. Ele nunca tinha se dado conta de como aquilo
era terrível. Corredores davam para corredores que
davam para corredores que davam numa parede. Era
preciso voltar pelos mesmos corredores, mas como
saber se eram os mesmos corredores? Asaída! Onde
fica a saída?
A administração do labirinto teve que procurar um
novo zelador, depois que o desaparecimento do outro
completou um mês. Podia adivinhar o que tinha
acontecido. O novo zelador não devia ter muita
imaginação. Era preferível que nem soubesse ler e escrever. E em hipótese alguma devia falar com
estranhos.
O Zelador do Labirinto. Revista ícaro, 230, RMC Editora,
Setembro de 2003, p, 34.
“Sacudindo a cabeça com DIVERTIDA resignação
(...)”
O termo em destaque no trecho acima está sendo utilizado com sentido conotativo.
I. Os domadores conseguiram enjaular a fera depois de muito sacrifício. II. Maurício ficou uma fera com a esposa depois que viu o extrato bancário. III. Ashkin, Mouroue Strickland são as feras da física da atualidade.
A palavra FERA das sentenças acima está sendo utilizada no seu sentido conotativo em:
O termo em destaque no trecho acima está sendo utilizado com sentido conotativo.
I. Os domadores conseguiram enjaular a fera depois de muito sacrifício. II. Maurício ficou uma fera com a esposa depois que viu o extrato bancário. III. Ashkin, Mouroue Strickland são as feras da física da atualidade.
A palavra FERA das sentenças acima está sendo utilizada no seu sentido conotativo em: