No trecho “Sua grande família vive em uma casa muito deteri...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2023
Banca:
SELECON
Órgão:
IF-RJ
Provas:
SELECON - 2023 - IF-RJ - NUtricionista
|
SELECON - 2023 - IF-RJ - Bibliotecário - Documentalista |
SELECON - 2023 - IF-RJ - Engenheiro / Área: Mecânica |
SELECON - 2023 - IF-RJ - Médico/Área: Clínica Geral |
Q2175546
Português
Texto associado
Texto 1
Leia o texto a seguir:
Com 102 filhos e 578 netos, ugandês fecha a fábrica e diz
“não lembrar de todos”
“No começo era uma piada... mas agora é um problema”, diz
Musa Hasahya Kesera, um homem de Uganda que é pai de 102
filhos. Ele admite que está cada dia mais difícil atender às
necessidades da família - e até mesmo lembrar os nomes de
todos.
Aos 68 anos, ele tem uma família com 12 mulheres, 102 filhos - o
mais novo com menos de 10 anos e o mais velho com mais de 50
anos - e 578 netos.
Kesera se tornou uma atração em sua aldeia, Bugisa, no leste de
Uganda. Mas para ele, chegou a hora de fechar a fábrica. “Já
aprendi a lição com a minha atitude irresponsável, de ter tido
tantos filhos dos quais não consigo cuidar”, confessa.
Sua grande família vive em uma casa muito deteriorada, com
telha de zinco e vinte cabanas localizadas nas proximidades.
“Com a minha saúde debilitada e menos de um hectare de terra
para uma família tão grande, duas das minhas esposas foram
embora porque não pude dar a elas as coisas mais essenciais,
como alimentação, educação ou roupas”, conta o pai de família,
desempregado.
Para evitar que a família cresça ainda mais, suas esposas tomam
anticoncepcionais. Ele admite que não se cuida.
A poligamia é autorizada em Uganda. Musa Hasahya Kesera
casou-se pela primeira vez em 1972, quando tinha 17 anos, em
uma cerimônia tradicional. Seu primeiro filho nasceu um ano
depois.
“Como éramos apenas dois filhos (na família dele), meu irmão,
meus pais e meus amigos me aconselharam a casar com várias
mulheres para ter muitos filhos e aumentar a riqueza da família”,
explica.
Atraídos por seu status de vendedor de gado e açougueiro, vários
moradores locais ofereceram a mão de suas filhas, algumas
delas ainda menores de idade (prática proibida desde 1995).
Com o passar dos anos, ele não consegue mais identificar nem os
próprios filhos.
“Só me lembro dos nomes do primeiro que nasceu e do último,
não me lembro da maioria dos outros”, confessa, ao examinar
pilhas de cadernos antigos para encontrar detalhes sobre seus
nascimentos. “São as mães que me ajudam a identificá-los”, diz
ele.
O homem admite que também tem dificuldade para lembrar os
nomes de algumas de suas esposas. Ele precisa pedir a um de
seus filhos, Shaban Magino, um professor de 30 anos, que o
ajude a administrar as questões da família. Magino é um dos
poucos filhos que frequentou a escola.
Para resolver as disputas, que não faltam na família, uma reunião
é organizada mensalmente.
Sem comida
O povo de Bugisa vive em grande parte da agricultura, com
pequenas plantações de arroz, mandioca e café, e da pecuária.
Na família de Musa Hasahya Kesera, alguns tentam ganhar dinheiro ou comida fazendo tarefas domésticas para os vizinhos
ou passam o dia coletando lenha e água, muitas vezes
percorrendo longas distâncias a pé.
Outros ficam em casa. As mulheres tecem esteiras ou trançam os
cabelos, enquanto os homens jogam cartas à sombra de uma
árvore. Quando o almoço está pronto - na maioria das vezes
mandioca cozida - o pai de família sai de sua cabana e grita para
os parentes entrarem na fila para comer.
“Mas quase não temos comida suficiente. Somos obrigados a
alimentar os filhos uma vez, ou duas nos dias bons”, explica
Zabina, a terceira esposa de Musa Hasahya Kesera, que diz que
nunca teria se casado se soubesse que seu marido tinha outras
esposas.
“Ele trouxe a quarta, depois a quinta e assim por diante até chegar
na 12ª”, diz ela, suspirando.
Apenas sete ainda moram com ele em Bugisa. Duas saíram e três
foram para outro município, a dois quilômetros de distância,
porque o que a granja da família fornece não é suficiente para
alimentar todo mundo.
Fonte: https://www.estadao.com.br/internacional/com-102-filhos-e-578-
netos-ugandes-fecha-a-fabrica-e-diz-nao-lembro-detodos/?utm_source=estadao:whatsapp&utm_medium=link&app_absent
=0. Acesso em 28/03/2023
No trecho “Sua grande família vive em uma casa muito
deteriorada, com telha de zinco e vinte cabanas localizadas nas
proximidades” (4º parágrafo), há predominância do modo: