Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “a...
Os brasileiros se orgulham de pensar que o Brasil não precisou de uma guerra com a que separou os Estados Unidos da Inglaterra, nem passou por conflitos internos sangrentos como a Secessão. Manteve-se afastado das conflagrações, a começar pelas duas guerras mundiais que marcaram a primeira metade do século XX – na segunda delas, meio pró-forma, enviou expedicionários à Itália, numa fase em que o conflito já se encaminhava para o fim. O país manteve-se neutro na maioria dos grandes conflitos passados, recentes e contemporâneos. E saiu pacificamente de uma ditadura militar de 21 anos, em 1985, com o restabelecimento do governo civil e, depois, da democracia.
Ao construir um modelo de concórdia, que combina com a fachada do povo pobre, mas alegre, que se expressa pelo carnaval, o samba e o futebol, o Brasil esqueceu muita coisa. Foi o último país do mundo a abolir a escravidão, em 13 de maio de 1888. Um dos seus maiores heróis nacionais, Tiradentes, foi esquartejado. O Brasil dizimou a população masculina de um país vizinho na Guerra do Paraguai. Deixou uma esteira de mortos nos porões do regime militar, que pela via do golpe havia derrubado em 1964 o presidente João Goulart.
Aliviaram-se tensões sociais latentes e sepultou-se o passado beligerante sobre o qual foi construída uma nação homogênea, mesmo em meio a tanta diversidade. O Brasil acomodou-se à versão oficial de sua história, em que foram escondidas as rupturas, as questões sociais e os fatos que não interessam tanto a sua autoimagem dentro do mundo civilizado.
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Ao estudar a língua portuguesa e seus componentes, encontramos os chamados adjetivos de relação. Esses adjetivos são peculiares pois não podem ser utilizados antes do substantivo a que se referem e também não admitem gradação. Agora, vamos analisar alguns exemplos para entender melhor essa categoria de adjetivos.
Considere as expressões "herói nacional" ou "guerra mundial". Tentar intensificar esses adjetivos com palavras como "muito" não soa natural na língua portuguesa: "herói muito nacional" ou "guerra muito mundial" são construções inadequadas. Isso ocorre porque "nacional" e "mundial" são adjetivos de relação. Eles estão intrinsecamente ligados aos substantivos que modificam, sem possibilidade de variação de grau.
Por outro lado, se observarmos a expressão "povo cordial", veremos que podemos, sim, utilizá-la em diferentes graus, como em "povo muito cordial". Podemos também alterar a ordem dos termos para "cordial povo". Isso indica que "cordial" não é um adjetivo de relação. É um adjetivo qualificativo que pode variar em grau e posição em relação ao substantivo.
Por fim, "diferença social" e "traço cultural" seguem a mesma lógica que "nacional" e "mundial", não aceitando intensificação ou variação de grau, caracterizando-se como adjetivos de relação.
Portanto, diante dos exemplos dados, fica evidente que o adjetivo que não pertence à categoria de adjetivos de relação é "cordial", pois este pode ser intensificado e ter sua posição alterada em relação ao substantivo. Dessa forma, a resposta correta para a questão é a opção D - Povo cordial.
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Comentários
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O adjetivo cordial aceita grau superlativo: cordialíssimo. Os demais não.
Gabarito: D
Letra D
Porém utilizo a regra do '' SUPER '' para identificar adjetivos de grau superlativo:
Herói super nacional: ?
Guerra super mundial: ?
Diferença super nacional: ?
Povo super cordial: Sentido
Traço super cultural: ?
Herói muito nacional? Não - adjetivo de relação
Guerra muito mundial? Não - adjetivo de relação
Diferença muito social? Não - adjetivo de relação
Povo muito cordial? Siiiiiimmmmmm - aceitou então não é adjetivo de relação, ah fique atento tb quanto à ordem, neste caso poderíamos escrever cordial povo.
Traço muito cultural? Não - adjetivo de relação
O índice de erros da questão mostra que tem algo de errado em sua elaboração. Força! Não somos tão burros assim.
Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “adjetivos de relação", que possuem marcas diferentes dos outros adjetivos, como a de não poder ser empregado antes do substantivo a que se refere, nem receber grau superlativo.
Para fins de observação, segundo a Nova Gramática do português contemporâneo dos autores Celso Cunha e Lindley Cintra, não existe qualquer proibição do substantivo não poder ser empregado antes, assim reescrevo: “Não admite graus de intensidade e vem NORMALMENTE posposto ao substantivo”
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