Em relação à cronologia da morte, é correto afirmar que
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A alternativa correta é a B - sobrevivência é o período de tempo que vai desde o evento danoso até a morte.
Vamos analisar o porquê dessa alternativa estar correta e as demais incorretas.
Alternativa B:
A alternativa B define o conceito de sobrevivência. Este termo é usado para descrever o intervalo de tempo entre o momento em que ocorre um evento danoso, como um trauma ou uma doença grave, e o momento da morte. Esse período é crucial na medicina legal, pois ajuda a compreender a evolução das lesões e o possível tratamento recebido pela vítima. Portanto, esta alternativa está correta.
Alternativa A:
A alternativa A menciona que os gases inflamáveis da putrefação surgem após o quinto dia da morte. Esta informação está incorreta. Na verdade, os gases da putrefação começam a se formar bem antes desse período. Logo após a morte, inicia-se a decomposição do corpo, e os gases já começam a ser produzidos nas primeiras 24 a 72 horas, dependendo das condições ambientais. Portanto, essa alternativa está errada.
Alternativa C:
A alternativa C define comoriência de forma incorreta. Comoriência é um termo jurídico usado para descrever a morte simultânea de duas ou mais pessoas, independentemente do sexo. A lei presume que ambas morreram ao mesmo tempo quando não é possível determinar a ordem das mortes, sendo irrelevante se são do mesmo sexo ou de sexos diferentes. Assim, essa alternativa está errada.
Alternativa D:
A alternativa D fala sobre a pesquisa do pigmento feocrômico nas docimasias hepáticas, mas essa técnica está associada à investigação da presença de catecolaminas em situações específicas, como envenenamento por cianeto, e não diretamente com a ocorrência de morte súbita ou agônica. Portanto, essa alternativa também está incorreta.
Alternativa E:
A alternativa E menciona a docimásia hepática histológica de Meissner, que visa identificar a integridade da parede celular do hepatócito. No entanto, a técnica de Meissner é usada para verificar a presença de ar nos pulmões dos recém-nascidos, associando-se à docimásia hidroaérea para determinar se o bebê respirou após o nascimento. Portanto, essa alternativa está incorreta.
Espero que essa explicação tenha ajudado a compreender melhor os conceitos de tanatologia forense abordados na questão. Se tiver mais dúvidas ou precisar de mais explicações, estou à disposição!
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Fase cromática - tem início 18 a 24h após o óbito. Dura de 7 a 12 dias.
Fase enfitematosa (ou gasosa) - Dura de 7 a 30 dias.
Fase cromática (coloração) - Tem início, segundo a doutrina majoritária, após 24h da morte, com o surgimento da mancha verde abdominal de Brouadel (na ilíaca direita); dura, em média, 2 ou 3 dias após a morte.
Fase gasosa (enfisematosa): após a mancha verde se espalhar por todo o tronco, tem início a circulação póstuma de Brouadel (os vários gases de putrefação, progressivamente aumentados, empurram o sangue que desceu para as regiões de maior declive, de volta às porções mais elevadas do corpo, surge o desenho das veias novamente contendo sangue, agora putrefeito) é o que indica o fim da fase de coloração (cromática) e o início da fase de gaseificação (enfisematosa). Quando isso aparece já deve ter 48 ou até 72 horas da ocorrência da morte.
Fase coliquativa (redutora): os tecidos se liquefazem; ocorre a dissolução dos tecidos (por isso fase redutora), as vísceras perdem as características morfológicas e há a exposição do esqueleto, ficando mais difícil para o perito visualizar lesões e determinar a causa da morte, exceto se estas atingiram os ossos (p.ex. um tiro que atingiu o osso – sinal de Benassi, a pólvora fica impregnada no osso) ou em casos de ingestão de droga, venenos, em especial no líquido que fica embaixo do cadáver (sombra cadavérica). Nessa fase é comum e intensa a participação da fauna cadavérica e aparição de larvas (colocadas pelos insetos), que começam a comer o cadáver – a entomologia forense, através do estudo das larvas, casulos e pupas, pode determinar a quanto tempo a morte ocorreu (entomologia forense).
Fase da esqueletização: é a fase final do processo de putrefação e pode durar meses ou anos. A ação da fauna cadavérica conjugada com aspectos do meio ambiente farão com que os tecidos se percam, deixando os ossos soltos (com o tempo os ossos também se tornaram frágeis). A autoridade policial que comandará a exumação lavrará o auto de exumação, que é assinado por todos aqueles que participaram da exumação (inclusive o delegado). Quando o perito examinar o esqueleto, elaborará o laudo de exumação, o qual somente ele, perito, assinará.
Letra B.
Os gases inflamáveis na putrefação, segundo Genival Veloso França, aparecem do 2º ao 4º dia.
Cronotanagnose da Putrefação
Período cromático: (mancha ver abdominal - sulfometemoglobina) 18 a 24 h
Período gasoso: (circulação póstuma e Brouardel) 48 a 72 h
Período coliquativo: 7 dias
Período de esqueletização: 3a semana/1 mês
Gab. Letra B
A perícia do tempo de sobrevivência é muito útil para determinar o tempo de morte, sendo uma das principais perícias para diferenciar a morte agônica da morte súbita.
As principais espécies são:
Docimásias hepáticas >> quantidade de glicogênio no fígado. // Glicogênio vira glicose, que significa energia.
Quanto mais glicogênio for encontrado no fígado significa que a morte foi rápida (sem reservas de glicogênio = morte agônica)
Docimásias suprarrenais >> quantidade de adrenalina/epinefrina produzida nas glândulas suprarrenais.
A morte agônica, portanto, é a que se arrasta por dias após a eclosão da causa básica (ex. Acidente).
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