Uma mulher de 48 anos de idade comparece a consulta médica ...
Uma mulher de 48 anos de idade comparece a consulta médica em unidade básica de saúde para tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Nega outras comorbidades. Sedentária, nega tabagismo e etilismo. Assintomática, faz uso de captopril 25 mg, dois comprimidos de 12 horas em 12 horas, indapamida 1,5 mg ao dia e anlodipina 10 mg à noite. Ao exame físico, constatam-se PA = 150 mmHg x 95 mmHg, FC = 95 bpm, SatO2 = 96% em ar ambiente, FR = 19 ipm e IMC = 37 kg/m². Apresenta resultado da monitorização ambulatorial da pressão arterial, que mostra média da pressão arterial, (PA) nas 24 horas = 158 mmHg x 102 mmHg; média na vigília = 164 mmHg x 100 mmHg e média no sono = 150 mmHg x 103 mmHg. A médica de família e comunidade, ao ver o resultado do exame, pergunta a respeito da qualidade do sono durante a realização da monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA 24h), e a paciente reportou boa qualidade de sono. Seu esposo, que a acompanha na consulta, interrompe para dizer que a paciente não tem dormido bem em casa, que ela tem roncado bastante e afirma perceber que ela está mais sonolenta durante o dia.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
O padrão da MAPA 24 horas mostra uma redução da
pressão arterial sistólica (PAS) atenuada durante o sono
e um padrão reverso da pressão arterial diastólica
(PAD). Esse padrão reverso da PAD é um preditor de
apneia obstrutiva do sono, independentemente dos
sintomas referidos pela paciente.
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O tema central da questão se refere à relação entre hipertensão arterial sistêmica e apneia obstrutiva do sono (AOS). Para resolver a questão, é importante compreender como a pressão arterial se comporta durante o sono em pacientes com AOS e como a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) pode indicar essa condição.
Alternativa Correta: C - Certo
A questão afirma que o padrão da MAPA 24 horas mostra uma redução atenuada da pressão arterial sistólica (PAS) durante o sono e um padrão reverso da pressão arterial diastólica (PAD). Esse comportamento é um indicativo de apneia obstrutiva do sono (AOS), que é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, levando a uma má qualidade de sono e a picos de pressão arterial noturnos.
No caso apresentado, a paciente tem uma redução insuficiente da PAS e um aumento ou manutenção elevada da PAD durante o sono. Esses são sinais típicos de AOS, que podem ser preditores da condição independentemente dos sintomas relatados, como sonolência diurna e ronco, que já foram mencionados pelo esposo da paciente.
Portanto, a alternativa C é correta, pois descreve adequadamente a relação entre o padrão da MAPA e a apneia obstrutiva do sono.
Alternativa Incorreta: E - Errado
Esta alternativa está incorreta porque nega a associação entre o padrão reverso da pressão arterial diastólica e a apneia obstrutiva do sono. Na verdade, o padrão de não redução ou de redução insuficiente da pressão arterial durante o sono é um dos indicadores de AOS. Ignorar essa conexão seria um erro na avaliação clínica do paciente.
Concluindo, a análise correta da questão nos permite relacionar a monitorização da pressão arterial com o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, demonstrando a importância de reconhecer padrões atípicos de pressão durante o sono.
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