De acordo com o texto, só não se aplicaria à raposa a carac...

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Q1769894 Português

A onça e a raposa 


    A raposa e a onça eram inimigas antigas. Cansada de ser enganada pela raposa, sem poder apanhá-la, a onça resolveu atraí-la à sua furna, fazendo correr a notícia de que tinha morrido, e deitando-se no chão da caverna a fingir de cadáver. Todos os bichos vieram olhar a defunta, contentíssimos. A raposa também, mas prudentemente, pondo-se de longe. E, por trás dos outros animais, gritou:

    — Minha avó, quando morreu, espirrou três vezes. Espirrar é o único sinal verdadeiro da morte. 

    Para mostrar que estava morta de verdade, a onça espirrou três vezes e a raposa fugiu às gargalhadas.

    A onça ficou furiosa por ter ela descoberto facilmente seu embuste e resolveu agarrá-la, quando fosse beber água. Havia seca no sertão e somente numa cacimba, ao pé duma serra, se encontrava ainda um pouco de água. Todos os bichos eram obrigados a matar a sede ali. A onça ficou à espera da adversária dia e noite, ao pé da bebida. 

    Nunca a raposa curtira tanta sede em dias de sua vida. Ao fim de uns três, já não aguentava mais. Resolveu empregar astúcia para se desalterar. Procurou um cortiço de abelhas. furou-o e, com o mel que dele escorreu, untou todo o corpo. Espojou-se, depois, num monte de folhas secas, que se grudaram aos seus pelos e a cobriram toda. 

    Ao cair da tarde, foi à cacimba. A onça montava guarda, olhou-a muito tempo e perguntou-lhe: 

    — Que bicho és tu que não conheço e nunca vi? 

    Ela respondeu, disfarçando a voz.

    — Sou o bicho Folharal.

    — Está bem. Podes beber. 

    Mais que depressa, a raposa desceu a pequena rampa do bebedouro, meteu-se na água, sorvendo-a com delícia, e a onça, lá de cima, vendo aquela sofreguidão no beber de animal que trazia sede de vários dias, desconfiou e murmurou:

    — Quanto bebes, Folharal! 

    Mas a água derretia o mel e as folhas iam-se despregando. Quando a raposa se fartou, caíra a última. Então, a onça a reconheceu e, com um urro de triunfo, saltou ferozmente sobre ela. A noite viera, o pulo foi mal calculado no escuro e a raposa escapou, fugindo às gargalhadas. 

De acordo com o texto, só não se aplicaria à raposa a característica:
Alternativas

Comentários

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ingênua é uma pessoa bobinha, que não sabe das coias, no entanto a raposa era muita sagaz e inteligente, contrario de ingênua. Reposta é a letra B

A questão é de interpretação de texto e quer que marquemos a alternativa que NÃO se aplica à raposa. Vejamos:

 .

A) astuta.

Errado. A raposa era astuta (esperta) sim.

Astuto: o mesmo que astucioso: que tem ou revela astúcia; esperto; que sabe agir de maneira a obter vantagens (mesmo enganando outrem) e a não se deixar enganar; ardiloso. 

 .

B) ingênua.

Certo. Pelo texto, vemos que a raposa NÃO era ingênua (inocente).

Ingênuo: que não tem malícia; inocente; puro.

 .

C) sagaz.

Errado. A raposa era sagaz sim.

Sagaz: de inteligência e percepção muito aguçadas; que é inteligente, perspicaz, arguto; dotado de sagacidade; que não se deixa iludir ou enganar, por ser esperto.

 .

D) ladina.

Errado. A raposa era ladina sim.

Ladino: que é astuto, esperto.

 .

E) ardilosa.

Errado. A raposa era ardilosa sim.

Ardiloso: que usa de ardis (artimanhas); astucioso (esperto); sagaz.

 .

Referência: AULETE, Caldas. Dicionário Aulete Digital, acessado em 29 de julho de 2021.

 .

Gabarito: Letra D

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