O atendimento às vitimas com suspeita de Acidente Vascular E...

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Q2218915 Enfermagem
O atendimento às vitimas com suspeita de Acidente Vascular Encefálico (AVE) exige identificação precoce e rápida intervenção.
Sobre o AVE, cuidados e intervenções, é correto afirmar:
Alternativas

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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.

A) Incorreta- A alternativa propõe que para fins de cronologia da ocorrência do AVE e definição do tratamento, caso os sintomas forem observados no paciente ao acordar, este deve ser o horário a ser considerado da ocorrência do AVE, estando incorreta, conforme o  Manual de rotinas para atenção ao AVC do Ministério da Saúde, caso os sintomas forem observados ao acordar, deve-se considerar o último horário no qual o paciente foi observado normal. 

B) Incorreta- A alternativa propõe que a trombólise endovenosa é indicada em todos os pacientes com suspeita de AVE, seja ele isquêmico ou hemorrágico, estando incorreta, conforme o Manual de rotinas para atenção ao AVC do Ministério da Saúde, a trombólise endovenosa é indicada quando trata-se de  AVC isquêmico em qualquer território encefálico, um critério de exclusão é AVC isquêmico ou traumatismo cranioencefálico grave nos últimos 3 meses.

C) Incorreta- A alternativa propõe que dentre os critérios para a realização de trombólise está o fato de o AVE ter ocorrido há menos de 12 horas. Por isso a importância de o enfermeiro na triagem identificar o início dos sintomas, estando incorreta, conforme o Manual de rotinas para atenção ao AVC do Ministério da Saúde, são  critérios de inclusão para uso de rtPA a possibilidade de se iniciar a infusão do rtPA dentro de 4,5 horas do início dos sintomas.

D) Correta- A escala Pré-Hospitalar de Cincinnati serve para classificar o AVC, são avaliados três achados físicos visíveis em menos de um minuto. Sendo eles: queda facial, debilidade dos braços e alteração da fala. Usar a escala é simples: basta aplicar três testes e observar os resultados.

E) Incorreta- A alternativa propõe que no atendimento inicial do AVE agudo, com sintomas a menos de 4 horas, é contraindicado permanecer com a cabeceira do leito do paciente reta, devendo a mesma ser mantida a pelo menos 60º, evitando assim agravamento do quadro, estando incorreta, deve-se manter o paciente com cabeceira a 0°, posicionar a 30° em caso de vômitos.

Gabarito: Letra D 


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especiali zada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013


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A resposta correta para essa questão é a alternativa D, que afirma que a escala de Cincinnati pode ser utilizada para auxiliar a identificação do AVE no atendimento pré-hospitalar, o que inclui pedir para o paciente dar um sorriso, levantar os braços e pronunciar uma frase ao comando. Esta afirmativa é correta pois a escala de Cincinnati é utilizada mundialmente para avaliação rápida de pacientes com suspeita de AVE, pois avalia funções motoras e da fala que podem ser afetadas em caso de AVE. As opções A, B, C e E são incorretas. A alternativa A é incorreta porque o horário dos primeiros sintomas, e não quando o paciente acorda, deve ser considerado para fins de cronologia. A alternativa B é incorreta, pois a trombólise endovenosa é indicada apenas para AVE isquêmico, e não para o hemorrágico. A alternativa C é incorreta porque a trombólise pode ser realizada se o AVE ocorreu em até 4,5 horas. A alternativa E é incorreta, pois a posição da cabeceira depende de cada caso.

Na verdade o horário considerado neste caso é o ultimo horário que o paciente foi visto bem, poderia ser ao dormir por exemplo, por isso a A está incorreta.

  • Determinar a data do início dos sinais e sintomas;
  • Se o início de sintomas ocorreu nas últimas 24 horas, determinar o horário do início. No caso dos sintomas serem observados ao acordar, será considerado o último momento em que o paciente foi visto sem sintomas, antes de dormir;
  • Verificar história de diabetes, epilepsia, demência (excluir delirium*) e dependência química (álcool**) 
  • Aplicar as escalas de Cincinatti e Glasgow
  • Realizar tomografia de crânio (TC) sem contraste de urgência; se local de atendimento não tiver TC disponível, transferir o paciente imediatamente para a realização;
  • Se AVC isquêmico com < 4 horas de evolução, o paciente deverá ser manejado em hospital de referência (necessidade de avaliação por Neurologista);
  • Se AVC isquêmico com > 4 horas de evolução, não é necessário o manejo em hospital de referência.
  • Verificar os sinais vitais (pressão arterial, pulso, saturação, temperatura axilar);
  • Checar glicemia capilar: hipoglicemia pode causar sinais focais e simular um AVC. Se a glicemia for < 70 mg/dl, administrar 20 ml de glicose hipertônica 50%, via endovenosa, 1 vez. Repetir hemoglicoteste em 1 hora
  • Manter o paciente com cabeceira a 0°, posicionar a 30° em caso de vômitos;
  • Instalar acesso venoso periférico em membro superior não parético;
  • Manter a permeabilidade das vias aéreas e a ventilação adequada;
  • Administrar oxigênio suplementar por cateter nasal ou máscara se saturação de oxigênio for < 94% (atentar para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica);
  • Considerar intubação orotraqueal em pacientes com rebaixamento de consciência (Glasgow <=8), com claro sinal clínico de insuficiência respiratória (pO2 < 60mmHg ou pCO2 > 50 mmHg), ou se for evidente o risco de aspiração;
  • Não reduzir níveis pressóricos, exceto se a pressão arterial sistólica for ≥ 220 mmHg ou se a pressão arterial diastólica for ≥ 120 mmHg, ou se outra doença associada exigir a redução da pressão arterial (dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio, edema pulmonar);
  • Não administrar grande volume de fluidos a não ser em caso de hipotensão (em caso de necessidade, utilizar solução de cloreto de sódio 0,9%);
  • Utilizar antitérmico se a temperatura axilar for > 37,5°C.

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