Uma paciente de 50 anos de idade comparece a consulta médic...
Uma paciente de 50 anos de idade comparece a consulta médica em razão da queixa de epigastralgia. Refere dor intensa, recorrente nos últimos três meses, em região do estômago e nega vômitos. Relata saciedade precoce, nega perda de peso, sangramentos e uso de anti-inflamatórios (AINES) ou outros medicamentos de forma regular. O médico questiona acerca do uso de ácido acetilsalicílico (AAS), e a paciente então relata que faz uso por conta própria (porque leu, em uma matéria, que era importante prevenir o infarto causado pelo Coronavírus). Iniciou uso de AAS há 60 dias. Relata que teve um quadro parecido (dor no estômago) há pouco mais de um ano, quando terminou um relacionamento. Dessa vez, percebeu que a dor iniciou após a pandemia de Covid-19 e, por causa de todas as inseguranças que a pandemia lhe trouxe, tem se sentido muito angustiada. Na história familiar, informa que uma tia materna faleceu de câncer gástrico. Ao exame físico, a paciente está corada, hidratada, eupneica, afebril, anictérica e acianótica. Verificaram-se PA = 120 mmHg x 80 mmHg, FC = 80 bpm, FR = 18 ipm e SatO2 em torno de 97% em ar ambiente. O abdome está flácido, discretamente doloroso à palpação profunda em epigástrio. Pode-se concluir que o exame físico da paciente é normal, exceto pela dor à palpação em região do epigástrio.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
Para esse caso, está indicada a realização de uma
esofagogastroduodenoscopia flexível (EDA), por ter
mais de 50 anos de idade e histórico familiar de câncer
gástrico.
Gabarito comentado
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Alternativa correta: C - certo
Vamos analisar o caso clínico apresentado e entender por que a realização de uma esofagogastroduodenoscopia (EDA) é indicada para essa paciente.
A paciente em questão apresenta epigastralgia recorrente nos últimos três meses, com início dos sintomas após começar a usar ácido acetilsalicílico (AAS). Ela também relata um episódio semelhante no passado em momentos de estresse emocional. No entanto, o que chama atenção nesse caso é que a paciente tem mais de 50 anos de idade e um histórico familiar de câncer gástrico (tia materna faleceu dessa doença).
É importante destacar que, em medicina, a realização de uma EDA é frequentemente indicada em pacientes com idade acima de 50 anos e/ou histórico familiar de câncer gástrico, especialmente quando há sintomas gastrointestinais persistentes, como epigastralgia. A EDA é um exame diagnóstico que permite visualizar diretamente o esôfago, estômago e duodeno, podendo detectar lesões como úlceras, gastrites ou mesmo lesões neoplásicas que precisam ser investigadas.
Além disso, embora a paciente não tenha sintomas de alarme como perda de peso significativa ou sangramentos, a combinação de sua idade e histórico familiar aumenta o risco de doenças gástricas mais graves, justificando a indicação do exame.
Portanto, a decisão de realizar uma EDA está embasada nos fatores de risco apresentados pela paciente, o que torna a alternativa C - certo a correta.
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