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Q1687082 Medicina

Uma paciente de 50 anos de idade comparece a consulta médica em razão da queixa de epigastralgia. Refere dor intensa, recorrente nos últimos três meses, em região do estômago e nega vômitos. Relata saciedade precoce, nega perda de peso, sangramentos e uso de anti-inflamatórios (AINES) ou outros medicamentos de forma regular. O médico questiona acerca do uso de ácido acetilsalicílico (AAS), e a paciente então relata que faz uso por conta própria (porque leu, em uma matéria, que era importante prevenir o infarto causado pelo Coronavírus). Iniciou uso de AAS há 60 dias. Relata que teve um quadro parecido (dor no estômago) há pouco mais de um ano, quando terminou um relacionamento. Dessa vez, percebeu que a dor iniciou após a pandemia de Covid-19 e, por causa de todas as inseguranças que a pandemia lhe trouxe, tem se sentido muito angustiada. Na história familiar, informa que uma tia materna faleceu de câncer gástrico. Ao exame físico, a paciente está corada, hidratada, eupneica, afebril, anictérica e acianótica. Verificaram-se PA = 120 mmHg x 80 mmHg, FC = 80 bpm, FR = 18 ipm e SatO2 em torno de 97% em ar ambiente. O abdome está flácido, discretamente doloroso à palpação profunda em epigástrio. Pode-se concluir que o exame físico da paciente é normal, exceto pela dor à palpação em região do epigástrio.


Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.


Uma das principais medidas terapêuticas para o caso é suspender o uso de AAS.

Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é: C - certo.

O caso clínico apresentado descreve uma paciente de 50 anos que apresenta epigastralgia intensa e recorrente. A paciente iniciou o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) por conta própria, sem supervisão médica, para prevenção de infarto, o que coincide com o surgimento dos sintomas.

O AAS é um antiagregante plaquetário que, mesmo em baixas doses, pode causar irritação da mucosa gástrica, levando à dor ou desconforto estomacal. Este quadro clínico, junto aos sintomas de saciedade precoce e a história de uso de AAS, sugere uma possível gastrite ou úlcera gástrica induzida pelo medicamento.

A decisão de suspender o uso do AAS representa a gestão correta do caso por várias razões:

  • O AAS pode exacerbar ou causar lesões na mucosa gástrica, especialmente em pacientes predispostos a condições gástricas.
  • A suspensão do AAS pode aliviar os sintomas e prevenir a progressão para lesões mais graves.
  • A história familiar de câncer gástrico na paciente também reforça a necessidade de evitar fatores que possam danificar a mucosa do estômago.

É importante que o manejo do caso inclua a suspensão do AAS e possivelmente o início de um tratamento com inibidores da bomba de prótons (IBPs) para proteger a mucosa gástrica, além de investigar outras possíveis causas para os sintomas.

Lembre-se de que muitos medicamentos, incluindo o AAS, devem ser usados somente quando prescritos e supervisionados por um médico.

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Comentários

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CERTA

O ASS é um inibidor irreversível da COX. A inibição da COX-1 nas células epiteliais gástricas diminuem as PG citoprotetoras da mucosa, resultando em acidez gástrica e, posteriormente, em úlceras péptica.

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