Considerando esse caso hipotético, assinale a alternat...
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Q1069703
Medicina
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Texto para as questões de 21 a 24.
Uma paciente de 66 anos de idade compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia. Há dois meses, iniciou um quadro de dispneia aos esforços maiores que os habituais e, há dois dias, acordou durante a noite devido a súbito episódio de dispneia, que melhorou após se sentar. Ela relatou o uso de anlodipino 5 mg e metformina 2 g ao dia devido a antecedentes de hipertensão arterial e diabetes mellitus há dez anos e tamoxifeno devido a câncer de mama tratado com mastectomia e quimioterapia (com critério de cura) há sete anos. No momento da consulta, estava assintomática. Ao exame físico, apresentava‐se afebril, com extremidades quentes, normocorada, com frequência cardíaca de 104 bpm, pressão arterial de 156×74 mmHg, turgência jugular a 30º, estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares e sibilos expiratórios discretos. O íctus cardíaco estava desviado para a esquerda, o ritmo cardíaco estava irregular em três tempos (terceira bulha) e não havia sopros. Adicionalmente, notava‐se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. O restante do exame físico e os exames laboratoriais não revelaram anormalidades. O eletrocardiograma revelou fibrilação atrial e alterações difusas da repolarização ventricular e o ecocardiograma demonstrou hipocinesia difusa, com fração de ejeção de 34%. Diante desse quadro, o anlodipino 5 mg foi substituído por sacubitril/valsartana 49 mg/51 mg duas vezes ao dia e acrescentou‐se furosemida 40 mg duas vezes ao dia.
Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa
incorreta quanto às recomendações no seguimento da
paciente, visando à otimização do tratamento.
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A questão trata sobre o acompanhamento e monitoramento de uma paciente de 66 anos com problemas cardíacos e dispnéia. A opção D é indicada como a alternativa incorreta, que sugere que se deve monitorar o paciente com medidas seriadas de peptídeo natriurético atrial do tipo B (BNP). Isso é considerado incorreto porque, na prática clínica, o BNP não costuma ser monitorado seriamente em pacientes estáveis, pois não traz benefícios claros para a avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca crônica e estável. O BNP é um biomarcador cujos níveis aumentam em condições de sobrecarga cardíaca, mas sua monitorização regular não é recomendada como estratégia para a otimização do tratamento da insuficiência cardíaca. Portanto, as demais alternativas (A, B, C, E) são corretas, já que se referem a práticas importantes e úteis no acompanhamento e otimização do tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca.
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