Com o crescimento de dispositivos conectados à internet, o n...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é: D - Fragmentação/remontagem e soma de verificação do cabeçalho.
Vamos entender melhor o contexto da questão e por que a alternativa D é a correta:
O protocolo IPv4, que utiliza endereços de 32 bits, está se esgotando rapidamente devido ao crescimento exponencial de dispositivos conectados à internet. Para resolver esse problema, o protocolo IPv6 foi desenvolvido, aumentando o tamanho dos endereços para 128 bits. Essa mudança não só amplia significativamente o número de endereços disponíveis, como também traz algumas modificações na estrutura do datagrama.
No datagrama IPv6, vários campos foram modificados ou removidos em relação ao IPv4 para tornar o cabeçalho mais eficiente e simplificado. Vamos analisar os campos mencionados nas alternativas:
A - Versão e classe de tráfego: Esses campos estão presentes no cabeçalho do IPv6. A versão indica que o protocolo é o IPv6, e a classe de tráfego é usada para identificar e priorizar tipos de tráfego.
B - Próximo cabeçalho e limite de saltos: Ambos os campos também estão presentes no cabeçalho IPv6. O próximo cabeçalho indica o tipo do próximo cabeçalho (por exemplo, cabeçalho de extensão ou cabeçalho de camada superior), enquanto o limite de saltos (similar ao campo TTL no IPv4) limita o número de saltos que um datagrama pode percorrer.
C - Rótulo de fluxo e comprimento de carga útil: O rótulo de fluxo é usado no IPv6 para identificar fluxos de pacotes que requerem tratamento especial, e o comprimento da carga útil especifica o tamanho dos dados dentro do datagrama, excluindo o cabeçalho.
D - Fragmentação/remontagem e soma de verificação do cabeçalho: Essa alternativa está correta. Os campos de fragmentação/remontagem e a soma de verificação do cabeçalho, presentes no IPv4, foram eliminados no IPv6. A fragmentação é tratada de maneira diferente no IPv6, e a soma de verificação do cabeçalho foi removida para melhorar a eficiência, já que outros mecanismos de verificação de erro estão em uso.
A questão exige um entendimento das diferenças entre os cabeçalhos dos protocolos IPv4 e IPv6. O conhecimento detalhado desses campos e suas funções ajuda a identificar a alternativa que apresenta campos inexistentes no cabeçalho IPv6.
Espero que essa explicação tenha esclarecido suas dúvidas. Se precisar de mais alguma ajuda, estou à disposição!
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Campos no cabeçalho IPv6:
Versão (4 bits): Versão do IPv6 usado.
Classe de Tráfego (8bits): Identifica os pacotes pela classe de serviço.
Identificador de Fluxo (20
bits): Idem nome.
Separa fluxos de cada uma das aplicações do destino.
Tamanho dos Dados (16 bits): Indica o tamanho de apenas dos dados em Bytes.
Próximo Cabeçalho (8 bits): Indica o cabeçalhos de extensão que seguem o cabeçalho do IPv6.
Limite de Encaminhamento (8 bits): TTL.
Endereço de Origem (128 bits): Idem nome.
Endereço de Destino (128 bits): Idem nome.
Então: Não tem soma de verificação de cabeçalho (Checksum). Foi retirado pois aumenta o tempo de processamento dos pacotes, já tem segurança em outras camadas e em cabeçalhos de extensão do próprio IPv6.
Portanto letra D.
Fragmentação/Remontagem: Ao contrário do IPV4, os projetistas, no IPV6, retiraram essa opção. Ao invés dos roteadores no caminho fazerem essa fragmentação, no IPV6 isso fica a cargo do nó de origem, do dispositivo que está enviando o datagrama; eliminanando assim, a necessidade de sobrecarga adicional nos roteadores para fazer essa operação.
Soma de verificação do cabeçalho: Retirado totalmente, por que isso pode ficar a cargo tanto da camada de enlace quanto da de transporte.
No IPV6 existe cabeçalhos de extensão, que são usados APENAS quando necessário. Isso é bastante útil! Há vários campos no cabeçalho da versão 4 do IP que são subutilizados, apenas gerando overhead nos pacotes. Na versão 6, os cabeçalhos de extensão são utilizados à medida que são necessários para determinado usuário, usando efetivamente apenas o que precisar.
Observação importante: Dos 6 cabeçalhos, o único que é tratado pelo roteador é o hop-by-hop options, que conta os saltos que cada pacote deu até chegar ao destino (similar ao TTL no IPV4). Os outros 5 são tratados pelo pelo nó, como a extensão fragment, aquela explicada acima.
d-
Version (4 bits): Indicates the version of the IP protocol being used. For IPv6, this field is set to 6.
Traffic Class (8 bits): Originally called the "Class of Service" field in IPv4, it's used for quality of service (QoS) settings in IPv6. Differentiated Services Code Point (DSCP) values are part of this field.
Flow Label (20 bits): Intended to identify a flow of data among nodes, the flow label is used by routers and switches to identify packets belonging to the same flow for special handling.
Payload Length (16 bits): Specifies the length of the IPv6 payload (data) in octets. It includes the extension headers and the actual data.
Next Header (8 bits): Indicates the type of the next header in the packet. It points to the start of the next header in the sequence.
Hop Limit (8 bits): Similar to the Time-to-Live (TTL) field in IPv4, the Hop Limit field specifies the maximum number of hops (routers) that a packet can traverse before being discarded.
Source Address (128 bits): Represents the IPv6 address of the sender or the source of the packet.
Destination Address (128 bits): Represents the IPv6 address of the intended recipient or destination of the packet.
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