Atente para as seguintes afirmações:I. O texto de Machado de...

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Q574394 Português
Atente para as seguintes afirmações:

I. O texto de Machado de Assis constitui-se de frases avulsas, criadas pelo autor, e cada uma delas se apresenta com o aspecto característico de provérbios populares.

II. Numa das máximas, um cocheiro entende que o prazer advindo do uso de uma carruagem perderia muito caso esse uso deixasse de ser um privilégio de uns poucos.

III. A reflexão de um joalheiro, numa das máximas, leva a crer que ele condena o referido hábito dos botocudos porque ele é contra o uso vaidoso de adereços.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em

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Letra (c)


Item I - Alguns provérbios de Machado de Assis em "Memórias Póstumas de Braz Cubas":

"Suporta-se com paciência a cólica do próximo" (L. 4)

"Matamos o tempo, o tempo nos enterra". (L.5)

"Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos pudessem andar de carruagem" (L.6)

"Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros" (L.7)

"Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro."  (L.8)

"Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens que de um terceiro andar" (L.9-10)


Item II - Diminuto significa - adj. Diminuído, escasso, insuficiente. Pequeno, mínimo, breve.

Ou seja, o prazer advindo do uso de uma carruagem seria diminuído.


Item III - Não há nenhum tipo de condenação.

Alguém poderia me explicar a referência aos provérbios populares no item I?

Não entendi como a I pode estar certo se na frase "Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau" ele termine dizendo que esta reflexão é de um joalheiro, e não dele. Alguém explica?

Cristiane, todas as frases são deles, pois no 1º parágrafo diz o seguinte: "... meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo..." = ele disse expressamente que ele escreveu todas as frases; assim, entendo que quando ele diz que é uma reflexão de um joalheiro, ele estava pensando como pensaria um joalheiro, e não que tenha sido um joalheiro que tenha dito a frase.

Não sei se me fiz clara, mas espero ter ajudado.

Jamille, essas máximas lembram provérbios populares, a exemplo:

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando;
Antes só do que mal acompanhado;

Cristiane, na expressão
"Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta é a reflexão de um  joalheiro". Machado de Assis criou uma expressão bem humorada, pois o joalheiro não compreende que se fure o beiço com um pedaço de PAU, mas se for ouro/joia tudo bem. hehehe. Entendeu?

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